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Trava de brinquedo pode não ter sido usada

Perito vê indícios de que dispositivo de segurança não foi fechado corretamente

Adolescente de 14 anos morreu na última sexta no parque; mãe diz que faltou cinto de segurança na cadeira

MARÍLIA ROCHA
ENVIADA ESPECIAL A VINHEDO (SP)

A perícia técnica feita ontem no brinquedo do parque Hopi Hari, em Vinhedo (79 km de SP), do qual uma adolescente foi arremessada a 25 metros do chão na sexta-feira passada, apontou indícios de que o assento onde ela estava saiu do chão destravado.

Gabriela Yukay Nychymura, 14, morreu após cair do La Tour Eiffel. Nessa espécie de elevador, cada visitante sobe cerca de 70 m em uma cadeira com trava individual e despenca em simulação de queda livre, podendo chegar a 94 km por hora.

Segundo testemunhas, apenas a cadeira da garota estava com a trava levantada quando chegou ao chão. Os outros dez visitantes que estavam no brinquedo fizeram a descida normalmente.

O perito Nelson Patrocínio da Silva diz que se o equipamento de segurança estivesse travado antes de o brinquedo subir, não teria se soltado na descida.

"Pelos testes que fizemos, isso não aconteceria. Mas só o laudo final vai dizer se o brinquedo saiu destravado [do chão]", afirma. "O problema pode estar na liberação do brinquedo antes de subir."

Os peritos ficaram cerca de três horas ontem analisando o brinquedo. O delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior diz que há indícios de que houve falha humana.

No domingo, em entrevista ao "Fantástico", da Rede Globo, a mãe da vítima, Silmara Nychymura, disse que a cadeira da filha estava sem uma fivela de segurança. Ela conta que questionou um funcionário sobre a integridade do brinquedo e ouviu que a falta do cinto não era um problema.

Questionado sobre a informação passada pela mãe, o delegado disse que as cadeiras são equipadas com um cinto, mas que ele não sabe dizer se a cadeira de Gabriela estava sem o cinto ou se ele estava destravado.

Já o parque não confirma que o assento estava sem a fivela e disse que "está a cargo da perícia fazer a investigação". O parque reafirmou que está colaborando com as investigações e prestando apoio à família da vítima.

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