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Arquiteto Paulo Bastos morre vítima de aneurisma, aos 76

Quartéis-Generais no Ibirapuera se destacam entre seus projetos

VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO

Um dos projetos mais conhecidos do arquiteto Paulo Bastos, 76, morto anteontem de aneurisma cerebral, são os Quartéis-Generais de São Paulo, no Ibirapuera.

Esse projeto emblemático para o Exército não o livrou, no entanto, de ser preso na época do regime militar.

Simpático às ideias do Partido Comunista Brasileiro, engajou-se na atividade de ensino justamente para transmitir a ideia de que a arquitetura deveria ter como base a preocupação social. Sua atuação como professor o levou a ser preso nos anos 1960.

Segundo o arquiteto José Eduardo Lefévre, atual presidente do Conpresp (patrimônio histórico municipal) e parceiro de Bastos em diversos projetos, o amigo foi peça-chave na criação da faculdade de arquitetura de São José dos Campos. "Ele via na atividade didática um meio de transmitir sua visão de preocupação social."

Bastos organizou a equipe de profissionais paulistanos destacada para ajudar na fundação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília.

Para o docente da USP Lúcio Gomes Machado, que foi aluno de Paulo Bastos no Mackenzie, seu antigo mestre era, além de um "ótimo professor, um arquiteto completo, talentoso, que trabalhou de forma muito intensa".

Entre seus trabalhos está o Clube Paineiras, no Morumbi, em que deu continuidade ao projeto do arquiteto Carlos Barjas Millan (1927-1964).

Atuou como presidente do Condephaat (patrimônio histórico estadual) e projetou a reforma da Catedral da Sé. Atualmente, trabalhava em projetos para Operação Urbana Água Espraiada.

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