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Entrevista

Houve humilhação pública, afirma educadora da USP

DE SÃO PAULO

Para a Cláudia Vianna, professora da Faculdade de Educação da USP especialista em relações de gênero e educação, houve uma "humilhação pública". Veja os principais trechos da entrevista:

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Folha - Como vê a atitude?
Cláudia Vianna - Numa situação desta, existe uma ideia de chancelar uma experiencia de discriminação e violência simbólica referendada por uma instituição educacional. É muito comum na sociedade essa ideia de que, dependendo do que a mulher veste, é justificado que a discrimine. De que mostrar o corpo significa uma atitude desrespeitosa [por parte dela].

Algumas meninas se disseram humilhadas por serem abordadas na porta da escola, na frente de todos...
É uma situação de violência. É uma situação de humilhação pública, que não pode ser justificada por uma regra.

A escola não deve ter regra?
Não estamos dizendo que pode ir de biquíni na escola. Existem convenções próprias da nossa socialização (...). Mas o veto não ensina e a instituição escolar é um lugar de educação. As regras têm que ser discutidas coletivamente, com os alunos.

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