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Foco Skatistas, ciclistas e pedestres travam 'guerra' no Ibirapuera NATÁLIA CANCIANCOLABORAÇÃO PARA A FOLHA Vivian Tezelle, 26, foi atingida na barriga por um ciclista. João dos Santos, 40, levou uma batida de skate na perna. Kilian Von Koss, 30, já trombou com patinadores. O número de acidentes envolvendo skate, patins e bicicletas no parque Ibirapuera, um dos principais de São Paulo, na zona sul da cidade, aumentou nos últimos meses, segundo frequentadores, esportistas e funcionários ouvidos pela Folha. A maior parte dos acidentes ocorre após as 18h e também aos fins de semana. O problema é maior na região próxima ao cruzamento da chamada "ladeira da Preguiça", espaço que se tornou um dos preferidos dos skatistas e patinadores desde que a marquise do Ibirapuera foi fechada totalmente para reformas, há cerca de dois anos. Para complicar, parte da ladeira -que é usada por pedestres por ligar o parque a prédios como o Museu de Arte Moderna e a Bienal- é cortada por uma ciclofaixa. "Já tivemos casos de fratura exposta, traumatismo e até mulher grávida que foi atingida", diz o vendedor e membro do conselho gestor do Ibirapuera, Eduardo Sales, 42. Segundo o ciclista Kilian Von Koss o risco é maior devido à velocidade na descida da ladeira. "Tem uns doidinhos que entram a milhão na contramão. Se um desvia, passa por cima de outro", diz. O estudante Mikael, 13, que anda de patins, concorda com, Koss. "Eu mesmo já caí e fui parar no hospital." BARREIRAS Para prevenir acidentes, o parque colocou, em outubro do ano passado, uma barreira para reservar um espaço aos pedestres e evitar choques com skatistas. Quem anda de skate se defende. "A gente que vem todos os dias sabe como é. Mas tem muito pedestre que também não respeita a divisão", diz o estudante Luís Lucchesi. Agora, a administração do parque irá colocar uma nova divisória e separar os ciclistas dos skatistas e patinadores. A ideia é reduzir o número de acidentes. No fim de semana, os skatistas foram chamados pela administração do parque para falar sobre o assunto e ficou decidida a implantação de mais barreiras. Procurada pela reportagem, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, responsável pelo Ibirapuera, disse inicialmente que não tinha registro de aumento nos acidentes. Em seguida, confirmou ter feito uma reunião para discutir o assunto. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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