Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Restrição quase não afeta caminhões que entregam gasolina Sindicalista admite que barrar combustível é para pressionar prefeitura a alterar medida que restringe outras cargas Portaria de setembro do ano passado estipulou limites para caminhões que transportavam produtos perigosos TATIANA FREITASEVANDRO SPINELLI DE SÃO PAULO O sindicato que representa caminhoneiros autônomos admitiu que está "usando" o abastecimento de combustível em São Paulo para pressionar a prefeitura a rever as restrições ao transporte de outras cargas na cidade. Isso porque o transporte de combustíveis em caminhões já é proibido na marginal Tietê -e em horários bem parecidos aos da nova restrição- desde setembro do ano passado. A entidade só admitiu a estratégia após ser confrontada com tal informação. Em 2011, a prefeitura restringiu o tráfego de caminhões que transportam produtos perigosos, como combustíveis, na marginal. Com a nova restrição, que substitui a anterior, caminhões com combustível até ganham uma hora por dia para circular pela Tietê -a restrição anterior era das 5h às 10h e das 16h às 21h; agora, é das 5h às 9h e das 17h às 22h. Por outro lado, os caminhões de combustível menores (de até dois eixos) ficaram impedidos de transitar por outras vias do centro, como a Marquês de São Vicente, uma alternativa à marginal. CONVERSA "A carga líquida é um dos itens da minha representatividade. Estou fazendo uso da carga líquida porque ela mostra, com mais rapidez, a necessidade de alguém conversar", disse Norival de Almeida Silva, presidente do Sindicam-SP (Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Autônomos de Bens). "O combustível interfere na vida do cidadão com muito mais rapidez. Estamos em greve há dois dias e você vê a situação. Se fosse cimento, ninguém estava discutindo." Ao mesmo tempo, o sindicalista diz que o alto número de restrições ao transporte de cargas líquidas também motivou a greve. "Essa é a quinta restrição ao setor de cargas perigosas. A situação se tornou insustentável", disse. Para o secretário municipal de Transportes, Marcelo Branco, os manifestantes tentam "gerar artificialmente um desabastecimento". "Se eles estivessem circulando no horário permitido e houvesse um desabastecimento, teríamos de rever a medida. Mas nem isso está ocorrendo", disse Branco. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |