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SP anuncia plano contra enchentes para 2040

Obras mais simples, no entanto, devem ficar prontas em cinco anos

Kassab vai priorizar seis das 78 bacias existentes na capital; gestão ainda não tem estimativa de custos

EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO

A cidade de São Paulo, pela primeira vez em sua história, pode ter um plano integrado contra as cheias. Mas mesmo que a intenção da prefeitura anunciada ontem dê certo, as medidas só vão ficar totalmente prontas em 2040.

A gestão Kassab, com consultoria de pesquisadores da USP, passou mais de um ano para escolher seis bacias prioritárias da cidade (veja quadro ao lado).

Elas representam apenas 12,5% da área da capital ou 20% da população. São Paulo tem 78 bacias totalmente contidas no município.

Pelo plano anunciado ontem, haverá uma concorrência pública internacional que será lançada, provavelmente, no mês de abril.

As empresas ou consórcios interessados no edital terão um ano para apresentar as soluções contra enchentes, em cada uma das seis bacias.

O resto da cidade, por enquanto, não será contemplado pelos estudos iniciais.

Com seis conjuntos de ações prontos, a prefeitura poderá fazer um novo edital para realmente começar a tocar as diversas obras. O poder público não tem uma estimativa de custo dos planos.

"Não se trata apenas de grandes intervenções", explica o secretário Miguel Bucalem (Desenvolvimento Urbano). "Em alguns casos, pequenas medidas, ou até mesmo ações não estruturais, como a restauração da vegetação em algum ponto, também será importante."

ETAPAS

Os seis planos contra cheias terão que apresentar as soluções para cada uma das bacias em três etapas. A primeira, emergencial, deve contemplar ações para cinco anos. A segunda para 15 anos e a terceira tem como horizonte o ano de 2040.

A cidade, até lá, terá seis novas administrações, que vão precisar dar continuidade ao processo em curso.

No chamado longo prazo, afirma Mario Thadeu de Barros, professor da USP e assessor da prefeitura, haverá obras na capital para uma taxa de retorno de cem anos.

Ou seja, pelo menos parte da cidade estará protegida contra chuvas fortíssimas, que costumam atingir a cidade em uma média de cem anos. Segundo o especialista, não existe, entre as seis bacias escolhidas, aquela que seja mais ou menos complicada para o planejamento contras as cheias.

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