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Derrubada de árvores na Gávea gera protestos e faz prefeito recuar

Paes desistiu de vender terreno de R$ 3,6 mi para construtora

ITALO NOGUEIRA
DO RIO

A derrubada de 17 árvores, entre elas, um ipê amarelo de 25 anos, autorizada pela Prefeitura do Rio, provocou protestos de moradores ontem na Gávea (zona sul).

As árvores foram derrubadas para a construção de um prédio de cinco andares. A mobilização fez com que o prefeito Eduardo Paes (PMDB) revogasse a licença de construção e a venda do terreno, de R$ 3,6 milhões.

De acordo com moradores do bairro, o local, usado como uma praça, foi cercado por tapumes na noite de terça-feira. Na manhã de ontem, as árvores começaram a ser cortadas. Os moradores então cercaram o local, em protesto. Alguns chegaram a chorar a morte das árvores.

Advogado da Engeziler, empresa responsável pela obra, apresentou aos manifestantes as licenças para a ação e o documento de venda da área pela prefeitura.

Em nota, a Engeziler afirma que o projeto foi apresentado "a todas as instâncias do poder público, recebendo de cada uma delas a autorização para executá-lo".

"É um absurdo vender uma praça", disse Álvaro Albuquerque, da associação de moradores.

Segundo a prefeitura, para derrubar as árvores, a construtora teria que plantar outras 305 pela cidade e replantar uma palmeira imperial que havia no terreno.

A empresa comprou o terreno, de cerca de 300 m², para construir um prédio.

Segundo a prefeitura, a empresa comprara o prédio vizinho, mas o terreno possui 350 m². A legislação exige que novos edifícios sejam erguidos em áreas com mais de 600 m². Por isso foi necessária a compra da área.

Ao saber do protesto, Paes, pré-candidato à reeleição, determinou a revogação das licenças. Segundo a prefeitura, a empresa será ressarcida e as árvores, replantadas.

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