Quadrilha suspeita de assaltar prédios é presa após novo arrastão

Quatro criminosos foram presos ontem depois de uma quadrilha invadir um prédio de luxo na Vila Madalena, zona oeste paulistana, naquele que foi o sexto crime desse tipo na capital neste ano.

A polícia afirma que o grupo pode ser responsável por pelo menos quatro desses roubos (veja quadro ao lado). A prisão dos criminosos ocorreu após um prédio da rua Rodésia ser alvo da quadrilha.

Os ladrões pularam um dos muros do condomínio e, lá dentro, renderam o porteiro. Pelo menos cinco criminosos participaram da ação. Três apartamentos foram atacados. Após recolherem objetos de valor, entre joias e dinheiro, o grupo fugiu em três veículos de vítimas.

De acordo com a polícia, a quadrilha presa utilizava de ameaças de morte contra as vítimas. Em alguns casos, moradores eram amarrados e até agredidos. Não há informações sobre pessoas feridas no último roubo.

Segundo o delegado Mauro Fachini, a quadrilha tinha alvos específicos -pessoas com joias e dinheiro dentro de casa. Ele disse que esta é uma das práticas do grupo: levantar informações sobre as vítimas e a rotina do condomínio. A polícia investiga quem são as pessoas que deram informações aos ladrões.

Parte do grupo acabou presa porque uma patrulha da Polícia Militar desconfiou dos veículos em fuga, ainda na Vila Madalena, e saiu em perseguição. Como os carros tomaram rumos diferentes, os PMs seguiram o veículo dirigido por Alex Sandro da Silva Barbosa, que se entregou.

Após confessar o crime, o suspeito entregou os comparsas a policiais civis. Eles foram presos em hotéis e pensões da região central de São Paulo ligados à prostituição e ao consumo de droga.

Após entregar o resto da quadrilha, Barbosa conseguiu fugir. A Polícia Civil teve dificuldades em explicar como ele, que havia sido preso pela PM, fugiu.

A versão oficial é que Barbosa ajudava policiais a encontrar o esconderijo dos comparsas e, quando ficou no carro, agrediu o policial que o vigiava e fugiu algemado.

A polícia diz que o líder do grupo, Francisco Clébio Vitoriano Júnior, o Playboy, havia comprado cerveja e cocaína para comemorar o roubo. Foram presos ainda Marcos Vinícius Caramês e Lucas Ferreira Nascimento.

Um quinto suspeito foi identificado, mas não havia sido preso até a conclusão desta edição. A Folha não conseguiu localizar os advogados dos suspeitos.