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PMs de Angra são suspeitos de jogar corpo em Ubatuba

Cinco corpos foram achados na cidade do litoral norte de SP em fevereiro; Polícia Civil paulista investiga o caso

Investigação mira PMs de Angra e Paraty; não havia ninguém no batalhão local para comentar caso ontem

JOSMAR JOZINO
DO “AGORA”

Policiais militares de Angra dos Reis e de Paraty (RJ) são investigados pela Polícia Civil de São Paulo por suspeita de matar cinco pessoas e de desovar os corpos em Ubatuba, no litoral norte, perto da divisa com o Rio.

A polícia apura se houve intenção de que os assassinatos não fossem registrados nas duas cidades do Rio.

Ontem, no 33º Batalhão da Polícia Militar em Angra, responsável também por Paraty, a informação foi que não havia ninguém para comentar o caso, pois era domingo.

Dos cinco mortos, quatro eram amigos -desses, três tinham envolvimentos com assaltos, segundo a polícia paulista; a quinta vítima era viciada em crack.

Os quatro primeiros foram encontrados mortos no km 7 da BR-101, dentro de um Peugeot, em Picinguaba, Ubatuba, a 170 km de Angra dos Reis, em fevereiro. Eles foram amarrados e asfixiados com sacos plásticos na cabeça.

PARTICIPAÇÃO

Segundo a polícia paulista, dois deles eram ladrões que haviam saído de Bangu, na zona oeste do Rio, para roubar uma joalheria na na Galeria JL, em Angra dos Reis.

Pelo registro da ocorrência, um bombeiro da PM fazia bico (serviço extra) na galeria e suspeitou dos dois. Ele tentou prendê-los, mas foi dominado e teve a pistola 380 levada pelos criminosos.

Os ladrões fugiram para a casa de uma amiga e ligaram para a família em Bangu. Pediram para um parceiro ir buscá-los. Dois irmãos foram até Angra em um Peugeot.

Os amigos se encontraram em Angra e avisaram às famílias que voltavam para o Rio. Na última ligação, informaram ter sido parados em uma barreira policial -depois, foram achados mortos.

O segundo caso foi em 25 de fevereiro, quando dois usuários de crack tentaram furtar as Casas Bahia em Paraty e foram perseguidos por PMs. Um deles fugiu. O outro foi detido e apareceu morto no km 7 da BR-101, com um tiro de calibre 12 na cabeça, segundo a Polícia Civil de SP.

O delegado seccional de São Sebastião, Múcio Alvarenga, investiga as mortes. Ele pediu à Corregedoria da PM do Rio fotos dos policiais que trabalharam em fevereiro em Paraty e em Angra, a relação com a escala de serviço e a lista com dados dos carros da corporação.

Ubatuba não registrou homicídio em janeiro.

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