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Motoristas de ônibus param em Minas

Greve no sistema de ônibus em parte do Estado foi iniciada ontem; categoria reivindica de 16% a 20% de reajuste

Paralisação afeta passageiros em Belo Horizonte; empresas dizem que movimento grevista é abusivo

PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE
LUIZA BANDEIRA
DE SÃO PAULO

Motoristas e cobradores de ônibus de Minas Gerais iniciaram ontem uma greve por melhores salários e deixaram parte da população do Estado sem transporte público. Apenas em Belo Horizonte, 1,6 milhão de pessoas usam o sistema todos os dias.

A BHTrans não informou o número de afetados pela greve, mas disse que o serviço ficou praticamente paralisado em três das cinco estações de ônibus na capital. Nas outras duas, cerca de metade das viagens foi feita.

A situação foi pior durante a manhã. Além da falta de ônibus, o trânsito na capital piorou, já que mais gente saiu de carro.

Parte dos funcionários da região metropolitana de BH também fez manifestações e paralisações parciais. Com isso, houve dificuldade para trabalhadores de Betim e Contagem chegarem à estação Eldorado do metrô, na divisa de Contagem com BH.

A greve atingiu em cheio o comerciante Geraldo Neme, dono do café Boca de Pito, na Savassi. Nenhum de seus quatro funcionários apareceu para trabalhar ontem.

Para atender a clientela, ele teve de se desdobrar entre o caixa, o forno, a máquina de café e a pia. "É o fim do mundo [essa greve]. É um custo muito alto para a gente. Nem o táxi que ofereci para os funcionários adiantou, porque avisaram que não teve táxi", disse.

Na tarde de ontem, o sindicato das empresas de ônibus entrou com um pedido de ilegalidade da greve no Tribunal Regional do Trabalho. Até a conclusão desta edição, o pedido ainda não havia sido analisado. Segundo o sindicato, os grevistas não avisaram com antecedência sobre a paralisação e não combinaram com as empresas quantos ônibus continuariam circulando.

Os grevistas dizem que mantiveram 30% dos ônibus em circulação, como manda a lei, mas as empresas dizem que a exigência foi descumprida pelos trabalhadores.

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