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Tremor de obras do metrô na zona sul do Rio assusta moradores

Em Ipanema e no morro Pavão Pavãozinho, vizinhos de obra reclamam de rachaduras

PAULA BIANCHI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Em parte do estacionamento do edifício Delmiro Gouveia, localizado no fim da rua Alberto de Campos, em Ipanema, um cavalete impede que carros estacionem. A síndica tem medo que o teto de gesso desabe.

O prédio de 22 andares começou a apresentar rachaduras há cerca de um mês e meio, pouco depois do começo das obras de ampliação do metrô no subterrâneo do morro Pavão Pavãozinho, que fica próximo ao prédio.

Todos os dias são realizadas ao menos duas detonações no subsolo da região. Os tremores gerados pelas obras da linha 4 assustam os moradores do bairro.

"A gente não sabe o que está acontecendo nem que tipo de danos as explosões podem acarretar", afirma a síndica Mônica Morgado.

Segundo a Secretaria de Transportes, todas as operações de detonação são monitoradas com sismógrafos e que os danos estruturais nas casas e prédios vizinhos são "praticamente nulos". A pasta afirma que técnicos irão monitorar o edifício.

O Grupo Odebrecht, responsável pelas obras, afirma que os danos nos imóveis são "pré-existentes à obra".

No alto do morro, a dona de casa Vanessa dos Santos diz que as rachaduras em sua sala aumentaram. No teto, pedaços de cimento ameaçam despencar.

"Às 8h e às 16h, o morro treme inteiro, parece que a casa vai cair", diz Vanessa, com a filha Esther, de quatro meses, no colo. "Nunca vi uma casa rachar e não ter problema", afirma.

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