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Filho de Eike atropela e mata ciclista no Rio

Família da vítima diz que ele trafegava pelo acostamento; em nota, grupo EBX afirma que ele atravessava a via

Empresário declara que o filho Thor, 20, não cometeu imprudência; teste do bafômetro não detecta uso de álcool

Nicson Olivier/Folhapress
Carro de Thor Batista que atropelou o ciclista Wanderson Pereira da Silva, 30, na região da Baixada Fluminense; a vítima morreu no local
Carro de Thor Batista que atropelou o ciclista Wanderson Pereira da Silva, 30, na região da Baixada Fluminense; a vítima morreu no local

DENISE LUNA
LUCAS VETTORAZZO
DO RIO

Thor Batista, 20, filho do empresário Eike Batista e da ex-modelo Luma de Oliveira, atropelou e matou um ciclista anteontem à noite na rodovia Washington Luís, região da Baixada Fluminense (RJ).

Ele voltava de Itaipava para o Rio, quando o seu carro atingiu o ajudante de caminhoneiro Wanderson Pereira da Silva, 30, por volta das 19h, próximo ao distrito de Xerém, em Duque de Caxias.

Silva morreu no local. Com o impacto, a frente da Mercedes SLR McLaren de Thor ficou totalmente destruída.

De acordo com parentes de Silva, ele costumava trafegar naquele trecho da rodovia, sempre pelo acostamento.

Em nota, a assessoria do grupo EBX, de Eike Batista, disse que o ciclista "atravessava inadvertidamente" a estrada quando foi atropelado.

Pelo Twitter, o empresário afirmou: "Minha solidariedade à família e meu compromisso de que toda a assistência necessária será prestada. Infelizmente aconteceu um acidente fatal. Porém, a imprudência não foi do Thor."

Tia da vítima, Maria Vicentina Pereira disse: "o coração dele [Silva] foi parar dentro do carro, por isso eu sei que ele foi pego de frente, no acostamento".

A Mercedes de Thor passou por perícia no local, mas as conclusões não foram divulgadas. O exame do carro poderá determinar se a vítima foi atingida de frente ou de lado -o que, neste caso, apontaria para a possibilidade de estar cruzando a pista.

Thor, que estava com um amigo e com um segurança, se feriu com estilhaços.

Segundo a nota divulgada pelo grupo EBX, ele chamou a ambulância da concessionária que administra a rodovia para socorrer Silva.

A nota diz ainda que o filho do empresário "estava na velocidade permitida, fez teste do bafômetro e firmou declaração de próprio punho descrevendo o acidente".

Policiais da 61ª Delegacia Policial (Xérem) confirmaram que testes de bafômetro de Thor e do carona não indicaram presença de álcool.

Thor deverá ser indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Ele prestará depoimento sobre o caso na quinta-feira.

Wanderson Silva foi enterrado no cemitério de Xerém. De acordo com Maria Vicentina, Eike pagou R$ 8.000 em despesas com sepultamento.

O advogado Cleber Carvalho, contratado pela família de Silva, disse ter estranhado a agilidade para retirar o corpo e o carro do local.

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