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Jovem dizia querer continuar na Austrália

"Viver jovem e livre". É o que diz, em tradução literal, o refrão da música "Young, Wild & Free", do rapper Wiz Khalifa, que Roberto Laudisio Curti, 21, ouvia sem parar na Austrália, segundo um amigo.

O rapaz chegou ao país na metade do ano passado, após trancar o curso de administração na PUC-SP.

Havia seis meses que ele estava na universidade, para onde pediu transferência -segundo familiares, ele mudou para a PUC para ficar perto de um primo, que estudava lá.

Antes, cursava administração desde 2009 na Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), à noite.

Segundo uma prima, que pediu para não ser identificada, Roberto sentia-se sozinho no apartamento em que morava com a meia-irmã, em Higienópolis, bairro nobre da região central da cidade.

Ela trabalhava muito. Os pais morreram de câncer quando ele era pequeno.

A família decidiu, então, que ele passaria alguns meses na Austrália, com a outra meia-irmã. Estudaria inglês e voltaria para o Brasil para retomar os estudos, no mês passado.

Mas, como a experiência de viver na Austrália agradou, ele decidiu ficar.

Já pensava até em tentar cursar universidade por lá.

De família abastada, estudou em bons colégios de São Paulo, como o Santo Américo, e viajou na formatura da escola para Cancun, no México, com os colegas do ensino médio.

Por isso, a suspeita da polícia australiana, de que ele teria furtado um pacote de biscoitos, causou indignação nos amigos.

Eles marcaram, via Facebook, um protesto, no próximo dia 30, em que pretendem jogar pacotes de biscoito no Consulado Geral da Austrália, em SP.

Ontem à noite, a família do rapaz divulgou uma nota por meio da polícia estadual de Sydney dizendo que aguarda as investigações das autoridades australianas e pedindo respeito a sua privacidade.