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Gás vaza e moradores saem de casa às pressas

Uma retroescavadeira perfurou a tubulação

MARTHA ALVES
DE SÃO PAULO

Uma quadra da rua Amaral Gurgel, na Vila Buarque (região central de SP), ficou interditada na madrugada de ontem por aproximadamente uma hora por causa do vazamento de gás em uma tubulação da Comgás (concessionária de gás).

Moradores de prédios vizinhos ao local do vazamento foram acordados às pressas para deixarem os apartamentos. Outros ouviram um barulho como se fosse uma tubulação de água estourada, só que com forte cheiro de gás, e ligaram para a Comgás e para o Corpo de Bombeiros.

O designer de moda, Jonas Mendes de Queiroz, 41, que mora no 11º andar de um prédio, foi acordado pelo porteiro dizendo que deveria sair e descer pelas escadas. "Pensei que fosse trote. Tive tempo apenas de colocar um roupão e pegar o cachorro."

Algumas pessoas passaram mal, segundo os bombeiros, após inalar o gás. Desacordada, uma mulher precisou ser carregada pelos bombeiros. Todas passam bem.

O supervisor Flavio Diogo Santos Silva, 22, que mora no 8º andar, foi uma das pessoas que precisou ser amparada para deixar o edifício onde mora devido a intoxicação por gás. Silva conta que abriu a janela do quarto, ouviu um barulho como se fosse a tubulação de água rompida e, apesar de sentir um cheiro forte de gás, foi tomar banho.

Ao voltar para o quarto, Silva sentiu um cheiro de gás insuportável e, então, tentou ligar para o porteiro, que já havia abandonado o edifício. Após olhar a movimentação na rua pela câmera de segurança, Silva acordou o irmão e pegou o cachorro.

No 6º andar do prédio, Silva encontrou com uma mulher passando mal e desceu correndo para pedir ajuda aos bombeiros. Ao retornar para indicar o local onde a mulher estava, ele também começou a passar mal e desmaiou. "Foi uma sensação de pavor porque tudo poderia explodir a qualquer momento", disse.

Os moradores retornaram aos prédios por volta das 2h e foram orientados a deixar as janelas abertas.

Segundo a Comgás, um "ramal do encanamento principal foi rompido" por uma retroescavadeira, que prestava serviços para uma empresa contratada pela prefeitura na reforma da calçada.

Segundo a prefeitura, a empresa terá de fazer um relatório explicando as causas do incidente. O vazamento foi controlado à 1h45 e o reparo na tubulação foi concluído por volta das 4h30.

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