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Ciclista do caso Thor tinha bebido, diz laudo

Análise feita pelo IML revela que Wanderson dos Santos havia consumido álcool antes de ser atropelado e morto

Polícia ainda aguarda perícia para confirmar a velocidade do carro e se vítima estava na via ou no acostamento

DIANA BRITO
DO RIO

O ciclista Wanderson Pereira dos Santos, 30, havia consumido bebida alcoólica antes de ser atropelado por Thor Batista, 20, no último sábado, de acordo com laudo divulgado ontem pelo IML (Instituto Médico Legal) do Rio.

O exame toxicológico encontrou 15,5 dg/l (decigramas por litro) de álcool no sangue da vítima. Cada 6 dg/l equivale a três tulipas de chope ou duas taças de vinho.

O ciclista morreu na rodovia Washington Luís, na região de Duque de Caxias (Baixada Fluminense).

A concentração de álcool no sangue do ciclista é considerada alta. Segundo a legislação federal, uma pessoa está inapta para dirigir veículo automotor se tiver mais de 6 dg/l de álcool no sangue.

O acidente ocorreu por volta das 19h30 de sábado, na pista sentido Rio da rodovia. A vítima morreu na hora.

Na ocasião, Thor, filho do empresário Eike Batista com a ex-modelo Luma de Oliveira, estava ao volante de um superesportivo Mercedes SLR McLaren prata, acompanhado de um amigo.

SEM COMENTAR

A defesa de Thor não quis comentar o resultado do laudo do IML. Mas, em seu twitter, o empresário Eike Batista comentou, pouco após a divulgação da informação: "A verdade nos liberta".

O caso foi registrado na 61º DP (Xerém). A polícia aguarda o laudo da perícia do carro de Thor para confirmar a velocidade que o veículo estava na noite do acidente.

O estudante afirma que estava na velocidade permitida no local, que é 110 km/h. Caso o laudo aponte que ele estava acima disso, pode ser indiciado por homicídio culposo (sem intenção de matar).

O laudo poderá esclarecer ainda se o ciclista atravessava a pista, como diz Thor, ou se pedalava no acostamento, como argumenta sua família.

Segundo informações do "Jornal Nacional", Thor acumulou 51 pontos em multas no período de um ano e meio.

INDENIZAÇÃO

No dia seguinte ao atropelamento, Cleber Carvalho, advogado contratado pela família do ciclista, afirmou que iria pedir na Justiça indenizações por danos morais e materiais pela morte de Santos.

Agora, o advogado afirma que vai aguardar a conclusão do inquérito policial para decidir se entra com um processo contra Thor, a Concer (concessionária que administra a via) e o governo estadual (leia texto nesta página).

Após o acidente, a concessionária instalou duas câmeras de segurança no trecho que Santos foi atropelado.

A empresa afirmou, porém, que não há qualquer relação entre esse tipo de investimento e a ocorrência do último sábado.

Vários atropelamentos já foram registrados no local.

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