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EUA querem 'fura-fila' para brasileiro na entrada do país

Pelo projeto, viajante frequente paga US$ 100 e faz controle de passaporte em equipamento, em 3 minutos

Além da taxa extra, será preciso entrevista pessoal; no início, de 150 a 500 pessoas serão convidadas a participar

RICARDO GALLO
DE SÃO PAULO

O governo dos EUA pretende criar fila rápida na imigração americana para facilitar a entrada de viajantes brasileiros frequentes no país.

Entrar nessa fileira expressa dispensaria pegar a fila da imigração convencional, que chega a demorar uma hora.

Por US$ 100 (R$ 181), o viajante brasileiro faria o controle de passaporte em um equipamento semelhante aos totens de check-in dos aeroportos; o processo todo leva menos de três minutos.

A intenção é abrir de 150 a 500 vagas em um projeto piloto cujo início está previsto para maio ou junho, segundo o governo americano.

A execução depende de acordo com o governo brasileiro. As duas partes estão em negociação. Procurado, o Itamaraty disse que o tema está com o Ministério da Justiça, que não deu detalhes.

Apresentado ontem, o plano dos EUA é incluir o Brasil no programa "Global Entry". Entre os países que não fazem fronteira com os EUA, só a Holanda adota o projeto. Vinte aeroportos americanos têm as máquinas, entre os quais Miami e Nova York.

O objetivo, dizem os EUA, é beneficiar visitantes de "baixo risco". Poderão se candidatar os brasileiros sem antecedentes criminais e que já tenham visto (que custa ao menos R$ 291). No início, serão convidados jornalistas, empresários e tripulantes de companhias aéreas.

Numa segunda etapa, turistas também poderão se inscrever. O estágio inicial levará até um ano e meio, segundo Jaime Ramsey, adido de alfândega e proteção de fronteiras dos EUA, e poderá ter até 1.500 vagas ao final.

É um número pequeno ainda. Em 2011, a embaixada avaliou 944,8 mil vistos, dos quais 95% foram concedidos.

O início modesto se deve ao fato de ser um projeto piloto, disse o embaixador Thomas Shannon. A ideia, segundo ele, é estender a medida para todos os brasileiros que viajam para os EUA.

O processo de candidatura exige entrevista pessoal, que pode ocorrer no Brasil ou nos EUA, segundo Ramsey. Se a possibilidade de entrada expressa for negada, o dinheiro não será ressarcido.

Uma vez assinado o acordo, os EUA planejam pedir que o Brasil adote fila expressa para americanos na Copa.

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