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Com atraso, Kassab inaugura centro de saúde para viciados

Complexo Prates começa a funcionar quase três meses após início da ação da Polícia Militar na cracolândia

Centro custou R$ 8 mi à Prefeitura de São Paulo; assistentes sociais vão buscar usuários em toda a região central

EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO

O Complexo Prates, construído para tratar usuários de drogas que frequentavam a cracolândia, foi inaugurado ontem, quase três meses após a operação da Polícia Militar que espalhou os "noias" pelo centro de São Paulo.

O complexo fica perto da cracolândia e os dependentes podiam ir a pé até o local. Agora, para viabilizar o empreendimento, os assistentes sociais da prefeitura vão buscar os seus futuros pacientes pelo centro inteiro.

"Antes era mais fácil, eles podiam vir a pé. Agora os assistentes sociais vão ter de ir buscar e tentar convencê-los a vir. Mas não tem problema. Precisamos é fazer isso aqui dar certo", disse uma pessoa próxima ao prefeito Gilberto Kassab (PSD).

Hoje sai a primeira van. Os assistentes vão convidar moradores de rua e usuários de drogas a conhecer o complexo, onde há escola de jardinagem, telecentro, área de convivência, unidades de saúde, atendimento psicológico, albergue, abrigo para crianças e sala de leitura.

Mas a prefeitura já sabe que o local vai ficar vazio por um bom tempo. Kassab fez questão de dizer ontem que haverá um tempo para implantação do complexo, o que pode levar vários meses.

A construção do complexo custou R$ 8 milhões à prefeitura. A primeira previsão era que ficasse pronto em janeiro. A área da assistência social foi concluída no prazo, mas como a operação da Polícia Militar dispersou a cracolândia, Kassab decidiu esperar o fim das obras também nas unidades de saúde.

A inauguração de ontem foi uma tentativa de demonstrar unidade entre as esferas de governo no combate ao crack. Kassab, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, visitaram os prédios e discursaram.

Padilha disse que a União decidiu reconhecer os programas da Prefeitura de São Paulo no combate ao crack e já começou a repassar recursos.

Havia uma polêmica sobre essa questão. O ministério criou os consultórios de rua, espécies de traileres instalados em áreas de consumo para atendimento dos usuários.

A prefeitura disse que não se interessava pois suas equipes de saúde não ficam paradas. Houve um acordo e a verba dos consultórios irá para as equipes da prefeitura.

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