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5% dos brasileiros dizem já ter lido e-book

Resultado é de pesquisa encomendada ao Ibope; acesso a livro eletrônico ainda é pequeno

LUCAS FERRAZ
DE BRASÍLIA

Cerca de 5% dos brasileiros afirmam já ter lido ao menos uma vez na vida um livro em formato eletrônico.

O número, que equivale a 9,5 milhões de pessoas, consta de uma pesquisa do Instituto Pró-Livro, feita pelo Ibope. O número de livros eletrônicos lidos por 91% dessas pessoas varia de 1 a 5.

Além do baixo índice de leitura geral (média de 4,7 livros por ano, segundo pesquisa do instituto de 2008), o preço dos tablets é um empecilho para a popularização dos livros eletrônicos.

Quem leu algum livro em formato eletrônico aprovou, segundo a pesquisa. Mesmo optando pelo modelo digital, a maioria dos entrevistados acha difícil a extinção do livro de papel -a aposta é que as duas plataformas irão conviver harmoniosamente.

JOVEM

O leitor brasileiro de e-books é jovem (a maioria tem entre 18 e 24 anos), tem curso superior completo, mora nos Estados do Sudeste e pertence à classe A/B. A maioria não é estudante.

Os livros eletrônicos podem ser lidos em tablets (como o iPad), além de telefones celulares e computadores, onde os entrevistados disseram ler mais.

Os e-books são vendidos na internet e podem também ser baixados gratuitamente -forma preferida dos leitores brasileiros, segundo 87% dos entrevistados. Apenas 13% dos leitores digitais afirmaram ter comprado o livro.

SEM DEMANDA

"Não há demanda de e-books no Brasil", diz o escritor e colunista da Folha Ruy Castro. "Isso é um fiasco colossal, as pessoas estão satisfeitas com o livro de papel. O e-book é uma imposição da Amazon", diz, referindo-se à rede americana, que produz o Kindle, popular no EUA.

Segundo dados da Associação Americana de Editores (APP, na sigla em inglês), a venda de e-books nos EUA já supera a de livros em papel. O mercado de livros eletrônicos no país cresceu 200% entre 2010 e 2011. No Brasil, 70% dos entrevistados pelo Ibope disseram nunca ter ouvido falar em e-books.

"Sei que eles [os e-books] vão vencer no final. Mas o livro de papel vai morrer atirando", afirma Ruy Castro.

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