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Ademilde Fonseca (1921-2012)

A voz veloz da rainha do choro

DE SÃO PAULO

Vítima de um mal súbito, morreu na noite de anteontem, aos 91 anos, a cantora potiguar Ademilde Fonseca.

A "rainha do choro", como era conhecida, mudou-se para o Rio em 1941, quando iniciou carreira profissional como cantora do rádio e em programas de calouros, na Rádio Nacional e na TV Tupi.

Ademilde tinha como marca registrada a destreza com que cantava versos enormes em velocidade inacreditável.

Demonstrou esse talento logo em sua estreia em disco, em 1942, quando lançou um 78 rotações com, de um lado, "Volte pro Morro" (Darci de Oliveira/ Benedito Lacerda) e, do outro, o clássico "Tico-Tico no Fubá" (Zequinha de Abreu/ Eurico Barreiros). Ali, foi acompanhada pelo regional de Benedito Lacerda.

Ao lado de "Brasileirinho" (Waldir Azevedo/ Pereira Costa) e "Apanhei-te, Cavaquinho" (Ernesto Nazareth / Benedito Lacerda/ Darci de Oliveira), "Tico-Tico..." se tornaria o carro-chefe da cantora -e o veículo ideal para que mostrasse o desembaraço de seu canto acelerado.

Suas gravações mais importantes aconteceram entre os anos 1940 e 1960. Mas, apesar das limitações da idade, continuou trabalhando até as vésperas de sua morte.

Sua última gravação aconteceu no começo deste ano, em "Lágrimas e Rimas", álbum da cantora Ana Bello que deve chegar às lojas em abril. As duas dividem vocais no choro "Arrasta-Pé" (Waldir Azevedo/ Klécius Caldas).

Ademilde deixa uma filha, a também cantora Eimar Fonseca, três netas e quatro bisnetos. Seu corpo será enterrado hoje, no Cemitério São João Batista, no Rio.

coluna.obituario@uol.com.br

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