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No palco, foi tradutor prolífico e artífice do teatro de resistência

DE SÃO PAULO

A produção teatral de Millôr Fernandes remonta ao começo da década de 1950. Entre 53 e 55, assina três comédias ligeiras com ambientação carioca, apesar de encenadas no paulista TBC (Teatro Brasileiro de Comédia).

Em seguida, visita o drama com "A Gaivota", antes de apresentar no Rio a trama absurda de "Um Elefante no Caos" (60), seu primeiro sucesso, em que bombeiros ineptos combatem um incêndio que se arrasta por seis meses.

Em 1965, estreia sua parceria com Flávio Rangel, "Liberdade, Liberdade", produção do Teatro Opinião que costurava fragmentos de clássicos da literatura mundial, canções e chistes endereçados ao regime militar instaurado havia pouco. Referência do então nascente teatro de resistência, a montagem tinha elenco liderado por Paulo Autran e Nara Leão.

No ano seguinte, a partir da peça "O Homem do Princípio ao Fim", tem início a prolífica parceria com a atriz Fernanda Montenegro, que incluiria a bem-sucedida "É..." (três anos em cartaz, a partir de 77), de sua autoria, e traduções de "Volta ao Lar" (68), de Pinter, e "As Lágrimas Amargas de Petra von Kant" (82), de Fassbinder.

Ao longo dos anos, as versões de Millôr para o português serviriam de base ainda a encenações de diretores como Antunes Filho, Antônio Abujamra, Gerald Thomas, Enrique Diaz, Jorge Takla e Eduardo Tolentino, para citar alguns.

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