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Governo culpa súbito aumento de usuários

Secretário dos Transportes Metropolitanos diz que governo Alckmin não estava preparado para tantos passageiros

Auxiliar de Alckmin admite ainda que gestão errou ao não iniciar modernização de sistema mais cedo

Danilo Verpa/Folhapress
Idosa é ajudada por passageira a caminhar pelo trilho entre as estações Piqueri e Lapa
Idosa é ajudada por passageira a caminhar pelo trilho entre as estações Piqueri e Lapa

EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO

A gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) admitiu ontem que foi surpreendida pelo aumento do número de passageiros do sistema metroferroviário paulista.

Desde a ampliação da linha 4-amarela do metrô até o centro, em setembro do ano passado, 1,2 milhão de pessoas a mais passaram a usar linhas da CPTM, de trens metropolitanos, e do próprio metrô.

Com mais passageiros, a maior circulação de trens sobrecarrega a rede elétrica.

Segundo o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, o que mais chama a atenção não é o tamanho do "tsunami", como ele classificou a onda de novos passageiros, mas a velocidade com que ela chegou.

O que era para ocorrer em até dois anos, pelos cálculos da gestão Alckmin, ocorreu em apenas cinco meses.

Há 15 dias, outra pane elétrica, como a de ontem, parou a linha 9-esmeralda, a mais nobre do sistema de trens metropolitanos -passa por regiões de importantes avenidas, como Berrini e Faria Lima.

Isso fez o governo antecipar o plano de modernização do trecho. A linha será fechada ao público em mais nove domingos até o fim de maio.

"Nós erramos em não fechar [as linhas] antes" admitiu ontem Fernandes. "Agora estamos com coragem para fechar a linha 8, a partir de junho, e a 7, em julho".

O secretário, entretanto, rebateu as críticas de que o sistema elétrico dos trens da CPTM está obsoleto. "O investimento tem sido contínuo."

Questionado se não houve um descompasso entre aumento de demanda, compra de trens e investimentos em modernização de infraestrutura das linhas, o secretário preferiu uma resposta genérica. "Há tanta coisa tardia no Brasil... As coisas têm mais nuances do que parecem."

Em relação à modernização do sistema elétrico, o diretor de operações da CPTM, José Luiz Lavorente, disse que tudo estará pronto até 2014.

Nas linhas mais problemáticas, 7, 8 e 9, Fernandes disse que a troca da rede elétrica terminará até o ano que vem.

A CPTM tem 24 subestações elétricas para tração dos trens. Com o fim da modernização, 30 deverão funcionar até 2014. Isso representa aumento da potência instalada em todas as linhas em 40%.

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