Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Elizabeth Griffi Mariano (1953-2012) Escritora que se isolou no campo ESTÊVÃO BERTONIDE SÃO PAULO Elizabeth Griffi Mariano um dia se cansou de São Paulo. Não gostava de ter horários, de bater cartão e do agito da cidade em que nascera. Soube que um sítio em Itu (SP) estava à venda e decidiu comprá-lo. Reformou-o para usá-lo, no início, como local de passeio. Com o tempo, tornou-se uma opção de vida. A professora, escritora e revisora abandonou a metrópole cerca de 15 anos atrás para viver reclusa no meio do mato, onde, dizia, sentia-se bem. Crescida na Aclimação (zona sul), era filha de donos de uma pensão e de uma lavanderia. Teve uma infância simples, conta o irmão Carlos. Em 1980, formou-se em letras na São Marcos. Na época de estudante, casou-se, mas a união durou muito pouco. Depois da experiência, nunca mais quis saber de marido e ficou contrária à vida de casada, lembra a amiga e colega de turma Janete Paiva. Chegou inclusive a lançar um livro relacionado ao tema, com o título de "Quando Descasar Sara" (Callis Editora). Beth, como era chamada, deu aulas de português em colégios públicos e particulares. Também foi revisora em editoras, como a Moderna. Publicou "Fundamentos Práticos da Gramática" (editora Escala) e o infantil "Cadê o Piloto?", pela Panorama. Gostava de dançar e ir a bares com as amigas. No sítio, continuou trabalhando. No ano passado, descobriu um câncer. Emagreceu e, nos últimos meses, alimentava-se por sonda. Tinha a ajuda de um enfermeiro. Na quinta (22), a família não conseguiu contato. Foi achada morta na sexta-feira. "O Que É, O Que É" (Gonzaguinha) foi tocada na cremação, como desejara. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |