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Domingos Lamônica Neto (1949-2012) Fez mais de mil pessoas ouvirem ESTÊVÃO BERTONIDE SÃO PAULO Domingos Lamônica Neto esteve na Austrália neste ano. Em maio, iria a Buenos Aires e, no ano que vem, a Seul. Suas viagens eram sempre a trabalho, para falar em congressos sobre implante coclear. O otorrinolaringologista integrava um programa pioneiro do Centrinho da USP -como é chamado o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais de Bauru- que, desde a década de 90, pelo SUS, já deu a mais de mil pessoas a chance de escutar. O implante sobre o qual tanto falava em palestras consiste na inserção cirúrgica de um dispositivo no ouvido que capta o som e o transforma em pulsos elétricos. É conhecido como ouvido biônico. No Centrinho, onde trabalhava desde os anos 80, Domingos atuou nos programas de saúde auditiva. Tocava ainda o próprio consultório. Nascido em Ourinhos (SP), mudou-se criança para Bauru. A formação em medicina ocorreu em Brasília, e a residência, em São Paulo (no Hospital das Clínicas e no Ibirapuera). Neste último período, casou-se com a psicóloga Elaine e retornou a Bauru. Também deu aulas de medicina em faculdades. Segundo a mulher, o médico era muito bem-humorado. Gostava de jogar tênis e de ler bastante -não apenas livros de sua área profissional. Trabalhou, praticamente, até o fim da vida. Nos últimos dias, teve um sangramento gastrointestinal e precisou operar. Morreu na terça-feira (27), uma semana depois da cirurgia, aos 62 anos, em decorrência de uma embolia pulmonar ocorrida enquanto dormia. Teve três filhos -o do meio está seguindo a carreira do pai. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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