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Grande SP é reprovada em ranking do esgoto

Litoral e Mantiqueira também estão entre regiões que mais sujam rios

Dados sobre eficiência no tratamento de esgoto divulgados ontem pela Cetesb mostram leve melhora no Estado

Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Trecho impróprio para banho na praia da Enseada (Guarujá); Baixada Santista está entre as piores em tratamento de esgoto
Trecho impróprio para banho na praia da Enseada (Guarujá); Baixada Santista está entre as piores em tratamento de esgoto

EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO

As regiões da Grande São Paulo, do litoral norte, da Baixada Santista e da Mantiqueira, onde fica Campos do Jordão, estão entre as que mais sujam os rios do Estado.

Os dados constam do relatório anual da Cetesb, agência ambienta paulista.

O documento publica um índice (de zero a dez) de eficiência do tratamento e coleta de esgotos de todas as 22 unidades de gerenciamento de água no Estado.

Considera ainda a população e a quantidade de matéria orgânica (esgoto) tratada.

Enquanto a média do Estado é 5,5, a da Grande São Paulo é 4,9. O litoral norte, 4,3.

A Baixada Santista é a segunda pior do Estado, com índice 2,6. A pior é a região da Mantiqueira, com 1,4.

Os dados comparados dos últimos dois anos mostram uma leve melhora.

Em 2010, o Estado teve nota 5, contra os 5,5 de agora.

No caso da Grande São Paulo, diz Mário Mantovani, diretor de políticas públicas da SOS Mata Atlântica, uma melhora realmente significativa deve ser sentida apenas nos próximos dois anos.

"A terceira fase do projeto de despoluição do Tietê vai realmente ligar toda a infraestrutura de esgoto feita até agora às casas das pessoas", afirma o ambientalista.

Os mesmos números para eficiência do esgoto tratado em nível municipal mostram a discrepância na região metropolitana de São Paulo.

A pior cidade é Itapecerica da Serra, com 0,14. Enquanto São Caetano do Sul tem índice 10. A nota da capital neste quesito é de 6,7. Toda a sujeira cai no rio Tietê.

Os rios da Grande São Paulo devem parar de receber esgoto em 2020. Para chegar até lá, é preciso terminar a fase três de despoluição do Tietê e continuar com a quatro.

Com empréstimo internacional e contrapartida estatal, o governo vai colocar R$ 2,7 bilhões nos municípios da região metropolitana.

Em Campos do Jordão, apenas no ano passado é que as obras de infraestrutura para tratar o esgoto da cidade começaram a ser feitas.

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