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Fora dos trilhos

Prática comum no metrô de São Paulo mesmo fora do horário de pico, desrespeito a regras simples de convivência causa até briga entre passageiros

CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO

Logo na catraca, uma mulher tem problemas para encontrar o cartão e forma uma quase-fila atrás de si, na estação Santa Cecília do metrô, região central de São Paulo.

Outros desrespeitos a regras simples de convivência se enfileiram: uso indevido do elevador e dos bancos preferenciais, burlas para tentar entrar primeiro no trem, desencontros no desembarque.

Na Sé, um homem ocupa todo o degrau da escada rolante, onde o fluxo deve ficar livre na esquerda para quem tem mais pressa.

Tudo isso foi observado ontem pela reportagem, fora do horário de pico -das 15h às 16h- na linha 3-vermelha.

Na véspera, pela primeira vez houve registro de briga entre passageiros -iniciada por um não ceder espaço ao outro na escada rolante-, levando a confusão generalizada e interrupção da linha 4-amarela por 23 minutos, conforme a Folha noticiou.

"Já vi uma gestante tendo que ceder lugar a uma mulher com criança de colo, porque ninguém ofereceu", disse a operadora de caixa Simone Antunes, 25, também grávida. "Tem quem finge dormir para não me deixar sentar."

Bruno Daniel de Souza, 23, já viu dois passageiros "saírem no tapa" porque um deles esbarrou no outro no embarque e desembarque.

Esse é o motivo mais comum de brigas e reclamações, segundo a percepção do vigilante Antonio Lopes, 48, que trabalha na estação Sé. "Quem mais reclama é quem está com mais pressa: um xinga, olha feio para o outro e, se tiver bagunça, vamos tentar conter."

PANCADÃO

A enfermeira Renata Simões, 26, presenciou, há duas semanas, um homem dando um murro no nariz de outro que ouvia um funk "pancadão" ao lado e se recusava a baixar o volume do som.

Segundo o Metrô, o volume de músicas será alvo da Campanha de Cidadania deste ano pela primeira vez -além do respeito no embarque e desembarque, ao público preferencial, ao fluxo nas escadas rolantes e limpeza, também alvo de campanhas do grupo CCR, responsável pela linha 4-amarela.

O índice de desentendimentos notificados no Metrô é de 0,1/milhão de passageiros.

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fluxo

> Não segure as portas do vagão. Atrasa a viagem de todo mundo

> Evite ficar na frente das portas e não deixe malas e outros objetos no caminho

> Respeite as portas específicas para entrada e saída de passageiros

> Antes de entrar no vagão, espere que as outras pessoas saiam. Não empurre
os passageiros

> Além de proibido, sentar no chão é pouco higiênico e atrapalha

> O ideal é carregar mochilas na mão. Além de ser mais seguro e liberar a passagem, evita que elas atinjam outros usuários

> Na escada rolante, deixe o lado esquerdo livre para a circulação

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na estação

>Não pare na frente da catraca para procurar o bilhete. Se estiver esperando alguém, fique de olho para não atrapalhar o fluxo

> Correr para pegar o metrô, além de perigoso, não faz sentido

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respeito

> Não ocupe os assentos preferenciais para idosos, gestantes e deficientes

> Não fure a fila da entrada do trem. Respeite a ordem de chegada

> Nada de som alto. Fones de ouvido são essenciais

FOLHA.com
Veja imagens dos problemas no metrô
folha.com/no1074144

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