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SP deixa escolas sem verba de manutenção

Habitualmente enviado pelo governo em janeiro, dinheiro ainda não chegou; aulas começaram há dois meses

Escola chegou a fazer fiado o conserto de privada; forma de repasse mudou e não há problema, diz governo

FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO

Tradicionalmente enviada em janeiro, a verba para manutenção das cerca de 5.000 escolas estaduais de São Paulo ainda não chegou às unidades -dois meses após o início das aulas.

O recurso é utilizado para pagar pequenos reparos físicos (como problemas elétricos e hidráulicos) ou manutenção pontual de equipamentos (como computador).

Diretores de colégios ouvidos pela reportagem afirmaram que os consertos não estão sendo realizados ou o pagamento é feito de forma improvisada.

Já a Secretaria da Educação negou que haja dificuldades nas escolas e informou que houve reprogramação na liberação da verba -que começará a ser enviada ainda nesta semana.

RECLAMAÇÕES

"Alguns computadores quebraram e não consigo chamar o técnico. Já o desentupimento de privadas eu pedi para fazer fiado", disse um dirigente de colégio da região sudeste do Estado -ele pediu para não ser identificado.

"O pessoal tem de improvisar. É uma situação extremamente negativa", disse o presidente da Udemo (sindicato dos diretores), Francisco Poli. "As escolas mais afetadas são as de periferia, que não têm reserva financeira."

Os colégios regulares recebem R$ 6 por aluno; nas unidades de tempo integral, o valor é de R$ 12 por estudante.

Um dos objetivos do programa é evitar que os problemas se tornem estruturais, o que seria mais custoso.

OUTRO LADO

A Secretaria da Educação disse que "para aprimorar o atendimento às escolas", as verbas serão agora divididas em apenas duas vezes.

Antes, eram três. A primeira parcela, afirmou, será enviada ainda nesta semana.

A pasta disse também que "não procedem" as informações de que reparos não estejam sendo feitos nas escolas.

Afirmou que cada associação de pais e mestres recebeu R$ 7,9 mil em janeiro para manutenção. E que as diretorias de ensino têm verba para enviar aos colégios e unidades móveis de manutenção.

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