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Caitano Argentieri (1932-2012) As viagens do comerciante de joias ESTÊVÃO BERTONIDE SÃO PAULO Para Caitano Argentieri, viajar significava somente um gasto desnecessário, que ele de jeito algum admitia. Um dia, porém, cedeu. E a partir de então, como se tivesse sido picado, brinca a família, passou a ter a atividade como a sua favorita. Conheceu, entre outros, Egito, Grécia, Rússia, EUA e Canadá. Na China, impressionou-se com os olhares e a alegria das crianças, contava. Gostava de conhecer culturas e depois relatar suas aventuras, lembra a filha Ângela, professora. Paulista de Avaré, mudou-se para a capital com cerca de dez anos. O pai, que trabalhava na fazenda da família, resolveu tentar a vida como bancário em São Paulo. Por causa dele, os filhos se formaram em contabilidade. Mas Caitano e dois irmãos (Umberto e Balila) decidiram aprender também técnicas de ourivesaria. Montaram uma empresa de joias: Umberto as produzia, e os outros dois irmãos cuidavam de vendê-las. A oficina era um grande segredo na família, que não podia revelar sua localização por motivos de segurança, já que se guardava ouro nela. As crianças só entravam no local escondidas. E tomavam bronca por pisarem no pó de ouro esparramado no chão. Caitano trabalhou por mais de 40 anos no ramo. A família aproveitou o quanto pode, pois as joias podiam ser feitas para ela sob medida. Era festeiro e adorava jogar futebol com os amigos. Morreu na quarta (11), aos 79 anos, de insuficiência respiratória. Deixa viúva, duas filhas, sete netos e dois bisnetos -a terceira está a caminho. A missa do sétimo dia será hoje, às 18h, na igreja N. Sra Aparecida, na Vila Beatriz, SP. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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