Motorista atropela família e mata jovem

Um jovem de 22 anos foi preso em flagrante, na noite de anteontem, após invadir uma calçada, atropelar três pessoas de uma mesma família e matar uma estudante de 14 anos, na rua Itinguçu, na Vila Ré (zona leste de SP).

De acordo com a polícia, o auxiliar de manutenção Felipe Fernandes de Barros Oliveira dirigia, com sinais de embriaguez e em alta velocidade, um Fiat Palio com motor turbinado, rebaixado e com pneus esportivos.

A vítima, a estudante Regiane Letícia Lima Rita, 14, estava acompanhada dos pais, das duas irmãs mais novas, da avó e de uma prima.

Ela ficou prensada entre o veículo e uma loja de som automotivo. O impacto foi tão forte que o carro destruiu a parede e entrou no imóvel.

A adolescente foi encontrada pelo resgate dentro da loja. Seu pai, sua irmã de 13 anos e o motorista tiveram ferimentos leves. Letícia foi atendida, mas não resistiu.

EMBRIAGUEZ

Os policiais militares que atenderam a ocorrência relataram na delegacia que Oliveira apresentava sinais de embriaguez. Ele não quis fazer o teste do bafômetro nem o exame de sangue. Mesmo assim, foi indiciado por homicídio doloso (no caso, quando se assume o risco de matar), lesão corporal e embriaguez ao volante.

Segundo José Francisco Rodrigues Filho, delegado do 24º DP (Ponte Rasa), mesmo sem o exame e o teste, é possível dizer que Oliveira apresentava sinais de que havia ingerido bebida alcoólica. Entretanto, no fim de março, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu que só o bafômetro e o exame de sangue podem atestar a embriaguez.

Ainda segundo o delegado, Oliveira não foi indiciado por homicídio culposo (sem intenção) pois assumiu o risco de matar alguém ao dirigir de forma imprudente e embriagado.