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Operação-padrão da PF em 30 aeroportos ocorre sem filas

Objetivo é criticar terceirização de funções, diz federação de policiais

DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO
DO RIO

A Polícia Federal realizou ontem operação-padrão em 30 aeroportos. Participaram 480 agentes, segundo a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), que coordenou o protesto.

O objetivo, disse o presidente da instituição, Marcos Wink, foi criticar a contratação de funcionários terceirizados para desempenhar funções da PF, como o controle de passageiros nas áreas de embarque e desembarque.

Os agentes checaram documentos e bagagens dos passageiros e também distribuíram folhetos explicativos.

A Fenapef informou que o processo de revista foi feito por amostragem, para não gerar filas nos saguões.

De acordo com a Infraero, estatal que gerencia os aeroportos brasileiros, não foram registrados tumultos e o índice de atraso nos voos foi de 7,3%, abaixo da média diária, que é de 8%.

CÃES

No Rio, o protesto no aeroporto Tom Jobim (Galeão) provocou queixas de passageiros à tarde, mas não atrasou voos. Uma fila mais longa começou por volta das 15h e durou cerca de 40 minutos no embarque internacional.

No aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), agentes realizaram fiscalização antidrogas no saguão, em frente à entrada para o embarque, com três cães farejadores: dois pastores alemães e um labrador. Normalmente, os animais atuam na área de bagagens.

O empresário Renato Oliveira, 25, que desembarcou em Cumbica vindo de Nova York, afirmou que não percebeu maior movimento dos agentes ou reforço na fiscalização.

NÚMERO REDUZIDO

"Queremos apenas chamar atenção do governo e da sociedade para a precarização dos serviços na área preventiva", afirmou Wink.

"Nos últimos anos algumas operações vem sendo desempenhadas por pessoas despreparadas e que não sofrem as penalidades que um policial sofre em caso de desmando ou corrupção."

Segundo o sindicato, a terceirização ocorre devido ao número reduzido de agentes.

A categoria calcula que, hoje, 1.300 terceirizados recebam passageiros em guichês da PF no país, sob supervisão de policiais. Em contratos com empresas para este serviço, o governo federal gasta cerca de R$ 9 milhões.

A direção da Polícia Federal não quis se pronunciar sobre a operação-padrão.

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