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Quase 50% das famílias vetam doação de órgãos Dados inéditos mostram que em 2011 casos de recusa dos parentes de possíveis doadores chegou a 48,5% Pesquisa foi feita pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO); SP não forneceu seus dados LUIZA BANDEIRADE SÃO PAULO Quase a metade das famílias consultadas no ano passado não autorizou a doação de órgãos de parentes. Dados inéditos da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) apontam que das 1.915 famílias questionadas por equipes médicas, 929 -ou 48,5%- não autorizaram a doação. Este é o primeiro ano em que a ABTO divulga o dado, com base na informação dos Estados. Antes, só eram informados quantos transplantes deixavam de ser feitos por negativa familiar, mas não o total de famílias ouvidas. Segundo o presidente da associação, José Osmar Medina Pestana, a maioria das negativas ocorre por falta de conhecimento da família sobre a vontade do parente. "Se a pessoa não fala nada, a família fica na dúvida e não autoriza", afirma. No Brasil, não é preciso deixar a autorização por escrito, apenas informar aos parentes que é doador. As autorizações em documentos de identidade e carteiras de habilitação perderam validade. Medina diz que as negativas causadas por descrença no diagnóstico de morte cerebral diminuíram. Também é raro, segundo ele, que as famílias não autorizem a doação por crenças religiosas. Os Estados em que houve mais negativas familiares, proporcionalmente, foram Maranhão (86,8%) e Bahia (64,4%). A menor resistência familiar às doações foi registrada em Mato Grosso (25%). São Paulo não informou o total de famílias entrevistadas no ano passado. AUMENTO O número de doadores no Brasil vem crescendo. Em 2011, foi 8% maior que em 2010 -2.048 doadores. Menos de um terço (28%) das 7.238 notificações de potenciais doadores se tornaram doações. Em todo o país, houve 1.937 negativas. Além da negativa familiar, outros motivos que impedem a doação são a contraindicação médica, casos de parada cardiorrespiratória e morte encefálica não confirmada e falta de infraestrutura. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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