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Ele queria doar, mas mulher não aceitou morte, diz tia de PM

DE SÃO PAULO

O policial militar Joelton Carneiro morreu, aos 23 anos, após ser baleado enquanto atuava em um caso de sequestro em João Pessoa (PB), em 2010.

Pega de surpresa e sem saber se ele queria ter os órgãos doados, sua mulher não autorizou a doação.

"A gente queria doar, mas a mulher dele era muito novinha e, como foi tudo rápido, não aceitava que ele estava morto", disse a tia de Joelton, Albelice Carneiro, 46.

Para ela, apesar de o sobrinho não ter dito se era doador quando vivo, ele gostaria que seus órgãos tivessem sido doados.

"Ele era muito bom e com certeza queria ajudar outras pessoas", afirmou.

TRAUMAS E AVC

Os traumas, muitas vezes causados por armas de fogo e acidentes de trânsito, são a segunda principal causa de morte entre doadores, atrás apenas do AVC (acidente vascular cerebral).

Em alguns Estados, esse tipo de morte é maioria entre os doadores.

O presidente da ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos), José Osmar Medina Pestana, diz que o índice de negativas familiares nesses casos -violentos e emocionalmente mais complicados- não é maior que em outros tipos de morte.

Eles exigem, porém, uma abordagem mais sensível da equipe de transplantes.

"A morte por traumatismo craniano é inesperada, e o choque que tem que ser absorvido pela família é maior. A forma de fazer esse trabalho [pegar a autorização para a doação] é outra."

(LB)

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