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Novo shopping na marginal ameaça trânsito

Ministério Público instaurou um inquérito para apurar o impacto que o novo centro de compras terá na região

Tietê Plaza Shopping deve ser inaugurado em outubro de 2013; local contará com 214 lojas em área de 45.599 m²

LUCCA ROSSI
DE SÃO PAULO

Alvo de recentes restrições de circulação de caminhões e um dos principais gargalos de congestionamentos da cidade, a marginal Tietê vai ganhar um megashopping com 214 lojas, sete salas de cinema e estacionamento para 2.400 carros em um terreno de 45.599 m².

A inauguração do Tietê Plaza Shopping, localizado no trecho entre as pontes Atílio Fontana e do Piqueri e ao lado de uma das alças de acesso à rodovia dos Bandeirantes, está prevista para outubro do ano que vem. As obras foram iniciadas no final de novembro do ano passado.

O Ministério Público Estadual instaurou um inquérito civil para apurar o impacto que o novo shopping causará no trânsito da região.

"A Promotoria de Habitação e Urbanismo elegeu as questões de circulação como prioridade. Assim sendo, o shopping é um dos centros comerciais para o qual a Promotoria instaurou investigação, mesmo sem ter representação formal com menção de irregularidades", diz a promotora Stela Tinone Cuba.

O novo shopping pretende atingir um público de 1 milhão de consumidores, segundo a CCR (Cyrela Commercial Properties), construtura responsável pelo projeto.

Segundo a empresa, a região foi escolhida por ainda não abrigar nenhum empreendimento nesses moldes.

Para abrir as portas, o novo shopping terá de seguir as determinações da Certidão de Diretrizes da Secretaria Municipal de Transportes. No documento, constam as melhorias viárias necessárias para a concessão do Habite-se, documento que certifica que a obra está dentro da lei.

Entre as medidas exigidas estão o alargamento da avenida Raimundo Pereira de Magalhães, que dá acesso ao shopping, e a implantação de faixas de pedestres, sinalização e novos semáforos. Câmeras de monitoramento de trânsito e nova iluminação de faixas de pedestres também devem ser instaladas.

"Não conheço a proposta em detalhes, mas só o alargamento de um trecho da via não resolve. O impacto deveria ter sido mais estudado", diz o consultor em trânsito Luiz Célio Bottura.

Moradores temem a piora no trânsito, mas acreditam que o empreendimento ajudará a valorizar a região, carente de lazer e comércio.

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