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Casal brasileiro morre durante mergulho em caverna no México

Após realização de autópsia, corpos serão trazidos a São José dos Campos

Reprodução/MB/Futura Press/Reprodução de imagem de site de relacionamento do casal José Brugnaro Neto, d
Renata Quirino Brugnaro, 36, e José Neto Brugnaro, 34, que se afogaram em caverna
Renata Quirino Brugnaro, 36, e José Neto Brugnaro, 34, que se afogaram em caverna

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um casal de São José dos Campos (97 km de São Paulo) morreu afogado durante um mergulho em uma caverna na Riviera Maya, em Cancún, no México, na última quinta-feira. O guia que os acompanhava também morreu.

Os corpos do engenheiro José Neto Brugnaro, 34, e da pediatra Renata Quirino Brugnaro, 36, foram achados em uma área de visitação restrita. A hipótese é que eles e o guia tenham se perdido.

O casal estava no México havia 20 dias. Eles viajaram para mergulhar em uma caverna chamada Chac Mool, em Playa del Carmen (a cerca de 60 km de Cancún).

O irmão de Renata, Marcelo Alves Quirino Costa, 34, diz que o casal tinha experiência em mergulho. "Eles eram mergulhadores há pelo menos dois anos, mas não sei se já haviam mergulhado em cavernas", disse.

CAVERNA 'FÁCIL'

Nelson Marinelli Neto, 35, instrutor de mergulho especializado em cavernas, disse à Folha que essa modalidade requer técnica e que a caverna Chac Mool não é de nível considerado difícil. "Quem procura aquela área nem sempre vai até Chac, pois a caverna é considerada fácil pelos mergulhadores", afirma o instrutor.

"Acidentes de mergulho são difíceis de serem decifrados. Muito provavelmente eles estavam em uma área com luz e partiram para uma área 'full cave' [sem luz] sem conhecer o local, o que é muito perigoso", diz Marinelli Neto.

Para ser especialista em caverna, ele explica, um mergulhador precisa de ao menos 15 mergulhos supervisionados. De acordo com o instrutor, no Brasil não há número suficiente de cavernas subaquáticas para o desenvolvimento dessa técnica de mergulho livre.

TRANSLADO

O trâmite para a realização do traslado dos corpos do casal será feito pela Embraer, empresa onde Brugnaro atuava como engenheiro.

Em nota, a Embraer disse que todos os funcionários têm seguro de vida que cobre acidentes fora do país.

"A empresa lamenta o episódio ocorrido e está se empenhando para a realização de todo o trâmite legal para o traslado dos corpos."

De acordo com o Itamaraty, os corpos só serão liberados após a realização de autópsia para comprovar a causa da morte.

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