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Advogada pede punição para sete jovens

Representação por calúnia foi apresentada em Vara da Infância após garota de 14 anos ser alvo de ofensas de colegas

Ação pede retratação no Twitter e no Facebook, além de prestação de serviços em hospitais públicos da capital

Eduado Knapp/Folhapress
Jovem xingada nas redes sociais afirma que tinha medo de ser atacada; ela é vítima numa ação apresentada à Justiça
Jovem xingada nas redes sociais afirma que tinha medo de ser atacada; ela é vítima numa ação apresentada à Justiça

DE SÃO PAULO

Ao acessar o Twitter e as mensagens no celular, a jovem Joana (nome fictício), 14, se deparou com ofensas e acusações de ter roubado uma peça de roupa de uma colega da turma.

Estudante do colégio Mackenzie, ela mudou de escola. Mesmo assim, repetiu de ano em outra unidade. Hoje, tem aulas num colégio em outro bairro de São Paulo.

Dizendo-se cansada de ver a filha chorando e com medo, a mãe dela, a advogada A., 48, entrou com uma representação por calúnia (imputar falsamente a alguém um crime) contra sete jovens.

A mãe espera retratações das garotas nas redes sociais. Também pede ao juiz que as meninas prestem serviços comunitários em hospitais. Segundo a família, as jovens cometeram bullying durante sete meses contra a jovem.

'BONDE DO BLACK BERRY'

Em julho de 2011, após um desentendimento por causa de um rapaz com quem ela havia "ficado", as garotas começaram a atacá-la, segundo a própria jovem.

Joana disse que as colegas a atacavam porque o garoto era ex-namorado de uma jovem da turma. Depois, passaram a acusá-la de se apropriar de roupas das amigas.

Iniciada a rixa, as acusações passaram a ser publicadas no Twitter e mandadas pelo BBM (programa de mensagens instantâneas em celular).

Amigos da vítima apelidaram as jovens de "bonde do Black Berry" e "Meninas Más de Higienópolis".

Segundo A., o perfil da filha no Twitter ganhou textos com conotação sexual que não foram escritos por ela. Para a família, a conta da garota foi alvo de hacker.

A mãe disse que, a partir de janeiro, Joana se viu proibida de circular por Higienópolis, a ponto de ser perseguida dentro do shopping do bairro.

"Vi minha filha em depressão e com medo de sair de casa", conta. "Por causa disso tudo, tive que trocá-la de escola e colocá-la na terapia", afirmou.

(GIBA BERGAMIM JR.)

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