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Sete morrem degolados em fazenda de GO

Entre as vítimas estão o proprietário e seu filho; assassinos usaram faca de açougue e limparam o chão da casa

Nada foi levado da propriedade, segundo a polícia, que suspeita que assassinos fossem conhecidos das vítimas

DANIEL CARVALHO
MARIANA VERSOLATO
DE SÃO PAULO

Sete pessoas foram degoladas na noite de anteontem, em uma fazenda em Doverlândia (403 km de Goiânia).

A Polícia Civil de Goiás suspeita que a chacina tenha sido praticada por pelo menos três pessoas, entre 18h e 22h.

Para a polícia, o fazendeiro Lázaro de Oliveira Costa era o alvo principal dos criminosos. Embora nada tenha sido levado da fazenda, a polícia não descarta a hipótese de tentativa de assalto.

As outras vítimas são Leopoldo Rocha Costa, filho do fazendeiro; Eli Francisco da Silva, vaqueiro da fazenda; Tames Mendes da Silva, amiga de Lázaro; Adriano Alves Carneiro, noivo de Tames; e os pais de Adriano, Joaquim Manoel Carneiro e Miracy Alves Carneiro.

A polícia não soube informar a idade das vítimas. A mulher do fazendeiro não estava em casa no momento dos assassinatos.

CORTES

As investigações indicam que os responsáveis podem ser conhecidos das vítimas, sobretudo em razão da violência dos crimes.

"Eram cortes profundos", afirmou o delegado Vinícius Batista. Isso indica, de acordo com ele, que os assassinos temiam ser identificados caso alguém sobrevivesse.

A perícia mostrou que Lázaro e Leopoldo foram mortos na sala com uma faca de açougue, que não foi localizada. Os corpos foram arrastados para um banheiro e os agressores limparam o chão -havia sangue em um rodo.

As lesões no pescoço, segundo a polícia, chegavam quase à coluna das vítimas. Lázaro ainda foi esfaqueado três vezes no peito.

Uma das hipóteses investigadas é que o vaqueiro tenha percebido uma movimentação estranha e, por isso, foi à casa da fazenda. Ao chegar, teria se deparado com os assassinos, sendo morto.

O mesmo teria ocorrido com Tames, Adriano, Joaquim e Miracy.

Como os corpos de seis vítimas não apresentavam sinais de luta corporal, o delegado diz acreditar que tenham sido rendidas por um dos agressores, enquanto outros as matavam.

No caso de Tames, que estava sem roupa e com lesões de defesa, a polícia vai investigar se houve estupro.

Lázaro era dono da propriedade havia muitos anos e não tinha desafetos, de acordo com a apuração inicial.

A polícia vai hoje ouvir testemunhas e visitar o local para recolher novos vestígios.

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