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Quadrilha faz arrastão em Moema e moradores ficam reféns por 4 horas

Bando manteve cerca de 20 pessoas, incluindo uma criança de dois anos, em um banheiro

Porteiro foi rendido e levou coronhadas; prédio não tinha câmera e polícia ainda não tem suspeitos

DE SÃO PAULO
DO “AGORA”

Homens armados invadiram na manhã de ontem um prédio em Moema, zona sul de São Paulo, assaltaram seis apartamentos e fizeram ao menos 20 reféns, incluindo uma criança de dois anos, por mais de quatro horas.

Foram levados joias, computadores, câmeras fotográficas, videogames, eletroeletrônicos, um Peugeot e vários outros objetos de valor.

Neste ano, ao menos dez edifícios já foram invadidos na capital paulista.

O assalto começou quando um dos homens do bando pulou a cerca do prédio, que é baixa, e, armado, rendeu o porteiro Marcelo Bonfim, 31, por volta de 5h20.

Ele foi obrigado a abrir o portão para a entrada do restante da quadrilha, que chegou em um Astra.

Os criminosos renderam, então, uma babá e a levaram até o apartamento onde ela trabalha.

Funcionários e moradores de outros cinco apartamentos também foram rendidos pelos criminosos, ao entrar ou sair do prédio, que fica na rua Divino Salvador.

"Eles renderam minha funcionária e a trouxeram para o apartamento. Ouvimos o barulho, levantamos e demos de cara com eles", conta a engenheira Maria de Fátima, 54.

Os rendidos eram levados até suas casas, onde tinham que entregar bens de valor. Depois eram mantidos presos no banheiro do apartamento onde a babá trabalha.

Alguns foram amarrados e amordaçados com gravatas.

Entre as vítimas está uma criança de dois anos, além de publicitários, empresários, um consultor, um relações públicas e a família do zelador do edifício.

CAFÉ

Um dos porteiros rendidos contou ter sido obrigado a fazer café para um dos assaltantes. "Ele ainda pediu que fosse bem forte", conta Aparecido Alves, outro porteiro.

Os ladrões aparentavam ter entre 20 e 30 anos. Nenhum usava capuz. Um homem, apontado por vítimas como o líder da quadrilha, deu coronhadas na cabeça de Bonfim.

Depois de mais de quatro horas dentro do edifício, os homens fugiram usando o Peugeot de um dos moradores e o Astra.

Depois que deixaram o local, a polícia foi chamada.

O prédio tem dez andares, sendo dois apartamentos por andar, cada um avaliado em cerca de R$ 600 mil.

Não há sistema de vigilância por câmeras, de acordo com a Polícia Civil.

O caso foi registrado no 27º DP (Campo Belo), mas também é investigado pelo Deic (Departamento de Investigações Criminais).

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