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Bando rende mãe e filha, mas não rouba padre por 'ser pecado'

Vítimas foram abordadas por ladrões com arma de brinquedo na porta de casa

GIBA BERGAMIM JR.
MARTHA ALVES
DE SÃO PAULO

"Roubar padre, não. É pecado", foi o que disse um ladrão após se recusar a fazer a segunda vítima da noite.

O pároco foi o único poupado por um grupo de quatro pessoas -dois homens e duas adolescentes- que fez mãe e filha reféns e roubou outros três rapazes na região do Jabaquara, anteontem.

Todos foram presos, com a única "arma" do crime: uma pistola de brinquedo.

Às 22h30, uma empresária de 54 anos, e a filha de 28 foram abordadas ao chegar em casa por dois homens.

Segundo a mãe, elas estacionavam o Fiat Punto da família quando Honorato da Silva Neto, 32, e Michel Alcântara, 28, ordenaram que elas entrassem no carro.

Ao volante, Silva Neto seguiu por três quarteirões, onde parou ao lado de um Toyota Corolla. Dentro dele estavam duas jovens, de 17 e 15 anos, que, segundo a empresária, estavam com o padre.

Segundo ela, um dos ladrões disse que o padre não poderia ser roubado por ser pecado. A polícia diz acreditar que os quatro estavam circulando pela região para cometer assaltos.

Em seguida, as adolescentes entraram no carro da empresária, que passou a circular pela zona sul.

Vítimas e ladrões foram no Punto até a região de Santo Amaro, onde os dois rapazes pararam e abordaram três homens na rua. Roubaram um celular e um colar.

CÂNCER

A empresária pediu que eles não maltratassem a filha dela, que tem câncer.

Então, eles pararam no estacionamento de um mercado para melhor acomodar a vítima no veículo.

Em seguida, o grupo voltou para a casa das vítimas após receberem o telefonema de um suposto comparsa. Ao chegarem, para não chamar a atenção, ordenaram que a empresária pedisse uma pizza, mas vizinhos já haviam acionado a polícia.

Com a chegada da PM, a empresária foi à porta e, com medo de que fizessem algo a sua filha, disse que estava tudo bem. Desconfiados, os PMs tiraram ela e a filha de casa e prenderam os quatro, um deles com a pistola de mentira.

Os acusados dizem que só pediram carona às vítimas e negam ter abordado o padre.

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