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Futuro sogro é suspeito de mortes em Goiás

Um dos três presos afirma que pai da noiva de filho de fazendeiro prometeu pagar R$ 50 mil por crime; ele nega

Sobrinho de fazendeiro morto em chacina com sete vítimas em Doverlândia também é suspeito de crime

GUSTAVO HENNEMANN
FELIPE LUCHETE
DE SÃO PAULO

Um dos três homens presos sob suspeita de ter degolado sete pessoas em Doverlândia (Goiás) disse à polícia que o crime foi encomendado pelo comerciante Alcides Batista Barros, pai da noiva de Leopoldo Rocha Costa, uma das vítimas.

O alvo do crime, segundo investigação preliminar da polícia, era o fazendeiro Lázaro, pai de Leopoldo. O comerciante nega as acusações.

Além de Lázaro e Leopoldo, foram mortas outras cinco pessoas: o vaqueiro e funcionário da fazenda Eli Francisco da Silva, os amigos do fazendeiro Miracy e Joaquim Manoel Carneiro, o filho deles, Adriano, e a namorada dele, Tames Mendes da Silva.

Os corpos foram encontrados no pátio e dentro da sede da fazenda com cortes profundos no pescoço.

A CONFISSÃO

A versão de que o crime foi encomendado pelo futuro sogro de Leopoldo foi dada por Aparecido Souza Alves, preso em flagrante no domingo. Com ele, foram encontrados um celular e uma carabina que pertenciam às vítimas, além de um tênis e roupas com marcas de sangue.

Em depoimento à polícia, Aparecido afirmou que degolou as vítimas com a ajuda de Célio Juno Costa da Silva -sobrinho do fazendeiro assassinado- e de um pistoleiro identificado como José de Ribeirãozinho.

Os três, diz Aparecido, foram contratados por Alcides. Segundo a delegada-geral da Polícia Civil de Goiás, Adriana Accorsi, o casamento de Leopoldo com Kátia, filha do comerciante estava marcado para o próximo dia 12.

Alcides prometeu R$ 50 mil e adiantou R$ 700 no momento em que encomendou o crime, segundo Aparecido.

Os quatro envolvidos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça de Goiás.

Célio e Alcides foram detidos na tarde de anteontem pela Polícia Civil de Minas Gerais em Frutal (612 km de Belo Horizonte) enquanto participavam do velório de Lázaro e Leopoldo.

À polícia, ambos negaram qualquer participação nos crimes e disseram que não conhecem Aparecido.

Na madrugada de ontem, os dois foram levados para Goiânia e novamente ouvidos ao longo do dia. O quarto suspeito continua foragido.

A principal hipótese é que as mortes ocorreram por questões "materiais", possivelmente ligadas à propriedade, diz a delegada.

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