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Simone será 1ª a ganhar novo documento

DE SÃO PAULO

Aos 15 anos, Ricardo se descobriu "Simone". A sugestão do nome feminino veio de amigos que viam no cabelo do jovem uma semelhança com a cantora nos anos 1980.

Aos poucos, Simone passou a assumir a nova identidade. Não foi fácil. O preconceito fez com que ela saísse da escola antes de terminar o ensino médio. "Falei para meus pais que não me sentia bem lá".

Começou a tomar hormônios e a mudar o estilo de se vestir. Mas algo ainda a incomodava: o nome nos documentos. "É só alguém chamar [pelo nome masculino] que as pessoas te olham como se fosse um extraterrestre", diz.

Agora, ela foi escolhida pela ONG Igualdade para ser a primeira travesti a receber a carteira que reconhece seu nome social.

Simone, que é casada e divide seu tempo entre Brasil e França, considera a iniciativa uma conquista para as travestis e transexuais. "Vamos poder enfrentar o povo de peito aberto."

(NC)

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