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Acidente mata homem que confessou ter degolado sete

Cinco delegados e dois peritos também morreram na queda de helicóptero

Equipe voltava para Goiânia após fazer reconstituição da chacina ocorrida em 28 de abril em Doverlândia

AFONSO BENITES
FELIPE LUCHETE
DE SÃO PAULO

Aparecido Souza Alves, 23, o homem que confessou o assassinato brutal de sete pessoas numa fazenda no interior de Goiás, morreu ontem na queda de um helicóptero.

Também estavam no voo cinco delegados e dois peritos. Segundo a polícia, não há sobreviventes, e partes de pelo menos dois corpos foram encontradas carbonizadas.

O helicóptero da polícia era usado na investigação da chacina em Doverlândia. A aeronave caiu à tarde, a 30 km de Piranhas, em um local de difícil acesso, quando retornava a Goiânia. A equipe tinha ido a Doverlândia fazer a reconstituição do crime.

Segundo a Secretaria da Segurança, embarcaram no voo, além de Aparecido, os delegados Antônio Gonçalves Pereira dos Santos, superintendente de Polícia Judiciária; Vinícius Batista da Silva, responsável pelo inquérito da chacina; Jorge Moreira da Silva; Bruno Rosa Carneiro; e Osvalmir Carrasco Melati, que pilotava a aeronave, além dos peritos Marcel Oliveira e Fabiano de Paula Silva.

A pasta informou ter enviado ontem para o local policiais, bombeiros e peritos para avaliar as causas da queda do modelo Agusta-Koala.

A Força Aérea Brasileira também enviou dois peritos, que devem chegar ao local da queda na manhã de hoje. Segundo a Polícia Civil, o helicóptero havia passado por uma revisão anteontem.

O governo de Goiás decretou luto oficial por três dias.

Aparecido confessou ter degolado o dono da fazenda e outras seis pessoas no dia 28 de abril em Doverlândia.

Em entrevista à Folha, no último sábado, ele disse que queria matar apenas o pecuarista Lázaro de Oliveira Costa, 57. Aparecido contou ter invadido a fazenda para roubar R$ 36 mil de Lázaro referentes a venda de gado.

Mas acabou matando, em momentos diferentes, o filho dele, Leopoldo, 22, o fazendeiro Eli Francisco da Silva, 44, além de Miracy Carneiro, 65, Joaquim Manoel Carneiro, 61, Adriano Carneiro, 22, e Tames Mendes da Silva, 24.

Três pessoas ainda estão presas sob suspeita de participar do crime: Alcides Batista Barros, 60, futuro sogro de Leopoldo que foi apontado por Aparecido como mandante do crime (versão desmentida pelo próprio assassino confesso mais tarde), Célio Juno Costa da Silva, 32, e um homem que não teve o nome revelado pela polícia.

Os advogados de Alcides e de Célio negam a participação deles no crime.

Colaborou KÁTIA BRASIL

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