Perícia aponta que Thor dirigia acima do limite de velocidade

Thor Batista, 20, filho do empresário e homem mais rico do Brasil, Eike Batista, foi indiciado sob suspeita de homicídio culposo (sem intenção de matar) pela morte do ciclista Wanderson Pereira dos Santos, 30, atropelado em uma estrada na Baixada Fluminense em março.

A Polícia Civil do Rio, no entanto, considerou que houve culpa concorrente, ou seja, que a vítima também teve responsabilidade por sua morte. Santos pedalava na rodovia e havia bebido antes de ser atropelado.

Segundo laudo da perícia, divulgado ontem pelo "RJTV", da TV Globo, Thor dirigia sua Mercedes SLR a pelo menos 135 km/h. Naquele trecho da rodovia Washington Luís, a velocidade máxima permitida é de 110 km/h.

Em nota, os advogados do filho de Eike Batista, Márcio Thomaz Bastos e Celso Vilardi, afirmaram que o laudo é "inaceitável" e que o carro estava em velocidade entre 87,1 e 104,4 Km/h quando houve o atropelamento.

Segundo testemunhas ouvidas no inquérito, Thor dirigia em zigue-zague e teria ultrapassado um carro e um caminhão pela direita antes de atingir o ciclista. Com o impacto, o corpo de Santos foi arremessado a 65 metros.

Para a polícia, o filho do empresário dirigia "imprudentemente e em alta velocidade". O inquérito será remetido ao Ministério Público.

A Mercedes, avaliada entre R$ 2,5 milhões e R$ 3 milhões, é um carro com características de F-1. É o produto mais caro da montadora alemã e concorre com veículos da marca italiana Ferrari.

No domingo passado, uma Ferrari usada por Thor Batista foi apreendida na Barra da Tijuca. O veículo estava sem a placa dianteira quando foi parado numa blitz.

Na véspera, o carro foi usado em uma corrida no interior de São Paulo.

Após o acidente de março, duas câmeras de segurança foram instaladas no trecho da Washington Luís.