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De braços dados, gays e mães protestam contra homofobia

GIBA BERGAMIM JR.
DE SÃO PAULO

"Vamos à passeata contra a homofobia". A frase foi quase uma intimação da promotora Gislaine Cristina dos Santos, 51, ao filho Alexsandro Ferraz, 18, na sexta-feira.

Ontem, eles caminharam de mãos dadas pela avenida Paulista e rua Augusta gritando palavras de ordem contra os ataques a gays na cidade. A região costuma ser palco de agressões a homossexuais.

Eles engrossaram um ato no Dia das Mães, encabeçado pelo grupo Mães pela Igualdade e que colocou mulheres e seus filhos homossexuais nas ruas para protestar.

Na ONG há pelo menos três mães de jovens gays que foram assassinados por conta da orientação sexual.

Com bandeiras do movimento gay, cerca de 200 pessoas participaram do ato, segundo a Coordenação Estadual de Políticas para a Diversidade Sexual, organizadora da passeata.

A manifestação lembrou o Dia Internacional Contra a Homofobia (17 de maio).

Gislaine foi quem convidou o rebento. Para mostrar às outras mães que é preciso deixar o preconceito de lado.

A aposentada Neusa Dutra, 61, também estava lá. Sem o filho, que é gay. "Sou mais ativista do que ele. Sofri quando soube que ele era gay, hoje mostro que aceitar é um ato de amor ", conta ela, que pertence ao ao GPH (Grupo de Pais de Homossexuais).

O ato durou duas horas e acabou às 19h30, quando todos fizeram um minuto de silêncio. Depois, gays e suas mães partiram abraçados.

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