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Outro lado

Empresário diz que precisava de dinheiro

Já ex-diretor municipal não comenta compra de apartamento; no geral, afirma que evolução de patrimônio é regular

DE SÃO PAULO

A defesa do ex-diretor Hussain Aref Saab não comentou a compra do apartamento abaixo do preço de mercado. Seu advogado, Augusto de Arruda Botelho, disse que não conseguiu falar com o cliente ontem. Em entrevista anterior, o defensor afirmou que todos os negócios feitos por Aref foram regulares e estão declarados à Receita Federal.

O empresário David Carlos Antonio, que vendeu o apartamento para o ex-diretor da prefeitura, nega ligação entre a venda do imóvel e a obtenção do alvará na prefeitura.

Disse que vendeu esse e outros imóveis para honrar compromissos trabalhistas.

"O mercado parou e eu vendi uns negócios baratos aí. Para não atrapalhar a folha de pagamento dos meus funcionários, que estava atrasada, eu decidi fazer três negócios. Não foi só com o Aref, não. Foi com mais pessoas."

Primeiro, o empresário disse desconhecer a anistia. Após a Folha informar o número do processo, ele se recordou. "Foi de um imóvel que eu havia construído e estava irregular. Eu vim conhecer o senhor Aref só em 2008."

Questionado sobre como conheceu o ex-diretor, Antonio disse que só poderia falar pessoalmente, mas que estava fora de São Paulo.

Na empresa dele, porém, a informação era de que ele estava em seu escritório. Mais tarde, o empresário deu outra versão sobre sua relação com o ex-diretor. "Não conheci ele não. Só o procurador."

O advogado de Aref diz que o aumento de seu patrimônio é fruto de investimentos em imóveis iniciados na década de 60, pela herança do pai e o dinheiro conseguido de um estacionamento que manteve, em sociedade com o irmão, entre 2004 em 2009.

O defensor afirmou ainda que seu cliente "contesta frontalmente a acusação" de corrupção feita contra ele.

"Ele trabalha há 39 anos na prefeitura. Ele não sabe trabalhar em outro lugar. Ele gosta de trabalhar na prefeitura", afirmou o defensor.

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