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Roubo de fotos pode ter novos envolvidos

A Polícia Civil do Rio investiga a possibilidade de haver mais pessoas envolvidas no vazamento na internet, no dia 4/5, de fotos íntimas da atriz Carolina Dieckmann, 33.

No domingo, quatro suspeitos foram identificados, e cinco computadores, apreendidos. Os equipamentos chegam hoje ao Rio para perícia.

Segundo as investigações, os hackers enviaram um e-mail para Dieckmann como se fossem de seu provedor de internet, oferecendo um pacote de serviços mais seguro.

Nele havia um link que redirecionava para uma página de cadastro. A atriz teria colocado seu endereço de email e sua senha.

Em entrevista ao "Jornal Nacional", da Rede Globo, Dieckmann, abatida e aparentando estar prestes a chorar, se disse aliviada pelo fato de os suspeitos terem sido identificados.

"Acho que agora vou poder voltar a viver. Minha vida estava em suspenso. Enquanto não aparecessem essas pessoas, acho que não seria possível ficar totalmente tranquila", disse.

Ela afirmou que em nenhum momento considerou pagar o que os chantagistas estavam pedindo. Sua maior preocupação, disse ela, era preservar seu filho de 13 anos.

"Nunca tirei fotos nua. Não é uma questão só moral. Eu poderia fazer um filme ou uma novela em que aparecesse nua. Mas a coisa de me expor nua me atingiu mais pelo fato de ter um filho de 13 anos. Nessa hora eu pensava: o que é pior, uma mãe nua ou uma mãe que aceita uma chantagem?", disse.

A polícia chegou aos suspeitos após usar um programa de contraespionagem no computador da atriz.

Leonan Santos, 20, de Córrego Danta (MG), que já responde a ação por acesso ilegal ao site de um banco, é suspeito de ter invadido o computador da atriz. Diego Fernando Cruz, 25, de Macatuba (SP), seria o responsável pela divulgação das fotos.

A Folha tentou ontem, sem sucesso, localizar Santos e Cruz ou seus advogados.

Outro suspeito é Pedro Henrique Mathias, dono do site que teria publicado primeiro as fotos. Há ainda um menor de 16 anos, que teria ligado para atriz pedindo R$ 10 mil para que as fotos não viessem a público.