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Alfredo Lagonegro (1925-2012)

Foi médico por mais de 50 anos

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Desencorajaram Alfredo Lagonegro na hora de fazer a prova, só porque era magrinho e franzino. Mas de nada adiantou: o rapaz foi aprovado em medicina na USP entre os primeiros colocados.

O paulistano, apaixonado pela área que escolheu, exerceu a profissão por mais de 50 anos, motivo para a homenagem do Conselho Regional de Medicina oferecida em 2006.

Dono de um dos registros mais antigos no CRM, o de número 491, Alfredo atuou tanto tempo em seu consultório em Santana, na zona norte de São Paulo, que acumulou em seu fichário 8.000 registros -é o número de pacientes que confiaram em seus serviços.

Filho de um alfaiate italiano e de uma dona de casa, era chamado de Laguinho nos tempos da faculdade. Após se formar e se especializar em pediatria, trabalhou na Cruz Vermelha e na prefeitura.

Por um tempo, foi funcionário da empresa de linhas de costura Corrente. A mulher, que também trabalhava no local, um dia escorregou, machucou-se e foi encaminhada ao ambulatório. Assim o casal, que permaneceu junto por 52 anos, se conheceu.

Diz a família que bastava Alfredo bater o olho para saber o diagnóstico com precisão. Os familiares diziam só confiar em suas consultas.

Era paciente, calmo e de poucas palavras. Caseiro, gostava de acompanhar os jogos de seu time, o Palmeiras.

Quebrou o fêmur numa queda e afastou-se trabalho em 2009. Morreu na sexta, aos 86, em decorrência de uma insuficiência respiratória. Teve três filhos e duas netas. A missa do sétimo dia será hoje, às 18h30, na paróquia Assunção de N. Sra., em SP.

coluna.obituario@uol.com.br

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