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Placa que falhou é substituída, diz Metrô

Segundo a estatal, equipamentos que emitem sinalização para o trem parar ou acelerar foram trocados após a batida

Centro de controle afirma que deu alerta sobre pane no sistema 25 minutos antes do acidente de anteontem

DE SÃO PAULO

Depois do acidente na linha 3-vermelha, na região leste, o Metrô de São Paulo trocou todas as 12 placas eletrônicas de controle da rede.

De acordo com o governo, uma placa apresentou defeito. As outras 11 foram trocadas apenas por precaução.

No mesmo dia do acidente, por ordem do presidente da empresa, Peter Walker, a placa danificada chegou a ser testada novamente, na mesma via, à tarde. E o problema voltou a ocorrer.

Ontem, o CCO (Centro de Controle de Operações) também confirmou que recebeu a informação dos operadores de que havia um problema entre as estações Carrão e Tatuapé, no sentido Palmeiras-Barra Funda.

O Metrô recebeu a comunicação sobre o problema às 9h24, ou seja, 25 minutos antes da colisão inédita entre dois trens da empresa.

De imediato, diz o órgão, "impôs restrição de velocidade no trecho e alertou a todos os trens sobre a possibilidade de que mensagens eletrônicas indevidas poderiam ocorrer".

Sabendo disso, inclusive, é que o operador do trem que bateu atrás do que estava parado e vazio, conseguiu acionar o freio de emergência e evitar uma possível tragédia, segundo a estatal. O Metrô não disse, entretanto, se outra coisa poderia ser feita para evitar o acidente.

Depois do acidente, funcionários da companhia e dirigentes sindicais levantaram que a falha eletrônica que causou o choque é fruto de um descuido com a manutenção do sistema. A linha 3 funciona bem acima de sua capacidade de operação.

De acordo com o Metrô, os investimentos em manutenção vem crescendo ano após ano. Enquanto em 2009 foram investidos no setor R$ 442,6 milhões, no ano passado, a manutenção consumiu R$ 529,3 milhões. Um aumento de 20%.

Trabalham na linha mais congestionada do metrô paulistano 780 empregados.

Em 2010, 2.728 pessoas fizeram a manutenção de todas as linhas.

No ano passado, este número foi de 2.646 pessoas.

Os trens da empresa receberam 812 milhões de passageiros em 2011.

Um aumento de 7,7% em relação ao ano anterior. O Metrô também tem investido em expansão de sua rede.

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