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'PT quer tirar casquinha' de acidente, diz Alckmin

Governador reage às críticas da oposição e diz para usuário ficar tranquilo

Para líderes petistas, governo tucano sucateou o setor de transporte público no Estado de São Paulo

DIÓGENES CAMPANHA
PAULO GAMA
DE SÃO PAULO

A colisão de dois trens da linha 3-vermelha do metrô, anteontem, deflagrou troca de ataques entre PSDB e PT na pré-campanha eleitoral.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) acusou ontem os petistas de querer "tirar casquinha" do acidente para prejudicar José Serra, pré-candidato tucano à prefeitura.

"Lamento profundamente que a política venha para essa baixeza eleitoral, [tentativa] de tirar casquinha de quem não contribui com nada para o sistema metroferroviário", disse.

Ele foi questionado, em entrevista após um evento no Palácio dos Bandeirantes, sobre a diminuição de investimentos na linha 3-vermelha.

Na véspera, sete horas após o acidente, a bancada do PT na Assembleia divulgou levantamento afirmando que "os tucanos deixaram de investir mais de R$ 65 milhões" no ramal onde ocorreu a colisão.

"Não [houve queda]. Aumentamos todos os investimentos", afirmou Alckmin. Ele disse também que a União não investe no sistema metroferroviário do Estado.

"Não tem um centavo do PT em metrô e trem em São Paulo. Nenhum centavo. Só tem críticas e aleivosias como essa. Pinçam números pontuais para fazer política eleitoral."

APELO

O governador também fez um apelo para tranquilizar os passageiros. "Você teve um acidente. Não é uma coisa normal, não foi falha humana, por isso que está sendo verificada qual foi a origem e será corrigido o problema", afirmou.

O governador negou ainda que o sistema esteja saturado e disse que o usuário pode ficar tranquilo ao usar o metrô.

As críticas de Alckmin surpreenderam até mesmo integrantes da equipe do governador, que classificaram a fala como "espontânea".

O deputado estadual Rui Falcão, presidente nacional do PT, disse que o partido não "festejou" o acidente "em nenhum momento".

"O que temos dito é que é preciso maior investimento na infraestrutura de transporte, para que a vida das pessoas não fique em risco, o que aliás já aconteceu no buraco do metrô."

O desabamento nas obras da linha 4-amarela, em janeiro de 2007, quando sete pessoas morreram, já havia sido citado, na véspera, pelo pré-candidato petista à prefeitura, Fernando Haddad.

O deputado estadual Edinho Silva, presidente do PT paulista, disse que Alckmin foi desleal com o governo Dilma. Ele afirmou que a fala não condiz com os elogios que o governador fez à presidente quando ela assinou convênios com o Estado.

Colaborou CATIA SEABRA, enviada a Porto Alegre

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