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Empréstimo de bicicletas estreia hoje na cidade

Sistema prevê compartilhamento de bikes; ciclista só paga depois de meia hora de uso

DE SÃO PAULO

As primeiras seis estações do Bike Sampa, sistema de empréstimo de bicicletas que só cobra do ciclista depois de meia hora de uso, começam a funcionar hoje.

A Vila Mariana foi a escolhida para a estreia do programa na cidade. No bairro da zona sul, o sistema vai interligar pontos como a Cinemateca Brasileira, a Faculdade de Belas Artes e o Instituto Biológico. Até terça, outras quatro estações serão instaladas na mesma região.

Depois, as estações de empréstimo seguem em direção aos Jardins, bairro vizinho.

Mas o traçado da segunda etapa ainda não foi definido.

Até o final do ano, a meta é de cem estações na cidade e, até o final de 2013, 300.

A proposta é que o sistema tenha um ponto de empréstimo a cada quilômetro.

A primeira meia hora de uso é gratuita, depois paga-se R$ 5 a cada 30 minutos adicionais. A bicicleta pode ser devolvida em qualquer estação. Se o intervalo entre um empréstimo e outro (não há limite de empréstimos diários) for de ao menos 15 minutos, não há cobrança.

Com o objetivo de aumentar a segurança dos ciclistas, vias da Vila Mariana foram sinalizadas com placas e desenhos de bicicletas na pista. A ideia é indicar ao motorista que ali é uma rota de ciclistas, com velocidade máxima permitida de 30 km/h.

'ASAS AO PEDESTRE'

Para a cicloativista Renata Falzoni, o Bike Sampa é apenas a "ponta do iceberg" de um sistema que pode unificar o transporte público.

"Ele dá asas para o pedestre, porque integra os transportes. A pessoa não precisa pegar um ônibus só para andar 2 km", diz Falzoni.

Para ela, a sinalização das ciclorrotas é tão importante quanto o compartilhamento de bicicletas.

"Ajuda a quebrar um paradigma. O motorista quer respeitar o ciclista, mas é coibido por motoristas buzinando atrás. A sinalização ajuda a mudar isso", explica.

O Bike Sharing é uma parceria da Secretaria Municipal de Transportes com três empresas: Samba, Sertell e Itaú-Unibanco. Como contrapartida pelo patrocínio do sistema, o Itaú pode exibir sua marca nas bicicletas, como já faz no Rio de Janeiro.

Bradesco, AES Eletropaulo e Ambev também pretendem patrocinar sistemas semelhantes em São Paulo.

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