Índice geral Cotidiano
Cotidiano
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Samir Razuk (1931-2012)

Um diretor da rádio Bandeirantes

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

O filho de imigrantes libaneses Samir Razuk, ao chegar a São Paulo por volta dos 16 anos, arrumou seu primeiro emprego na Bandeirantes, rádio que fora criada em 1937.

Depois disso, nunca mais trabalharia em outro lugar.

Nascido em Pederneiras (SP), perdeu o pai, comerciante, muito cedo. Primogênito, veio à capital para trabalhar e ajudar no sustento da família.

Ao mesmo tempo em que fazia direito na USP, dava aulas de matemática, conta a ex-mulher, Marília Razuk, galerista, de quem continuou muito amigo até o fim da vida.

Embora formado, nunca advogou. Era do grupo dos bacharéis em direito empolgados com o rádio, lembra o radialista Salomão Ésper.

Entrou para a emissora porque uma das irmãs de João Saad, fundador do grupo Bandeirantes, era casada com um primo seu. No início, foi uma espécie de office-boy.

Com o tempo, cresceu dentro da empresa. Estudou publicidade, tendo sido da primeira turma de formandos da ESPM. Bom vendedor, com tino para os negócios, chegou a diretor comercial da rádio, onde ficou mais de 40 anos.

Participou de reformulações importantes, como quando a emissora começou a veicular publicidade com tempo medido para não chatear o ouvinte, lembra Ésper, que descreve o amigo como afável.

Aposentou-se há cerca de 12 anos. A ex-mulher diz lamentar que Samir, profundo conhecedor do rádio, não tenha registrado tudo em livro.

Morreu anteontem, aos 80, devido a problemas cardíacos. O enterro será hoje, às 11h, no cemitério do Morumbi. Teve dois filhos -o primeiro neto deve chegar em julho.

coluna.obituario@uol.com.br

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.