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Só 4,7% das ruas facilitam acesso para deficientes

DO RIO

Um dos dados mais preocupantes divulgados ontem pelo IBGE revela que apenas 4,7% das ruas das cidades brasileiras têm rampa de acesso para cadeirantes.

O número pode ser ainda menor, porque apenas ruas com quadras completas foram analisadas pelos pesquisadores do instituto.

"O país ainda está nos primórdios quando pensamos na acessibilidade das pessoas com deficiência", afirmou Maria Teresa Eglér Mantoan, professora e pesquisadora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Entre os municípios com mais de 1 milhão de habitantes, Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, é o que mais tem ruas com rampas, com 23,3% do total.

Fortaleza, capital do Ceará, que é uma cidade turística, é a pior classificada no ranking do IBGE, com apenas 1,6% das ruas com rampas para deficientes físicos.

De acordo com Maria Teresa, as proporções só vão aumentar quando todos os cadeirantes forem às ruas evidenciar o problema.

"A política de inclusão social para deficientes ainda engatinha no país. Eles precisam ser vistos para que algo aconteça", afirmou a professora da Unicamp.

Em São Paulo, apenas 9,2% das ruas têm a adaptação para facilitar o acesso, enquanto que no Rio de Janeiro esse índice é de 8,9%.

De acordo com a professora, eventos esportivos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas poderão servir para elevar os percentuais.

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